O alto custo da energia elétrica do Brasil precisa ser enfrentado, pois há saídas

Márcio Corrêa Márcio Corrêa -
O alto custo da energia elétrica do Brasil precisa ser enfrentado, pois há saídas
(Foto: Reprodução)

Na última semana, o ministro Paulo Guedes, da Economia, questionou: “Qual problema da conta de energia ficar mais cara?”.  Explico: o Brasil tem umas das energias mais caras do mundo e o aumento da conta impacta toda cadeia produtiva.

Algumas indústrias no país já se deslocaram para países vizinhos devido ao alto custo da energia, mas esse aumento não prejudica apenas as indústrias. Ele traz um impacto econômico que pesa nos orçamentos das famílias brasileiras, sendo um dos fatores que pressionam a inflação.

A falta de água nos reservatórios é o motivo  da conta de luz aumentar pois quando os reservatórios estão em baixa, as usinas termelétricas produzem energia a um custo mais alto aumentando o consumo de matéria prima, como gás natural, carvão e óleo diesel.

O Brasil enfrenta a pior crise energética dos últimos 91 anos, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). E a energia elétrica foi o item que mais pesou na última divulgação da inflação oficial do país, influenciando diretamente as famílias brasileiras.

As de baixa renda, que já contam com recursos escassos, são as mais prejudicadas porque sofrem não só com o aumento da energia, mas também aumento da gasolina, do gás e do custo de vida como um todo.

Em vista disso, é fundamental que os setores público e privado façam uma agenda focada na crise hídrica utilizando soluções baseadas na própria natureza com ações que possam garantir o bem estar da população, proteção ambiental e resiliência urbana. 

Fazer uma gestão focada na descentralização da matriz energética com foco no desenvolvimento de fontes sustentáveis a partir de recursos de que o país dispõe diminuindo, assim, o risco de sofrer com novas crises hídricas.

Sem esquecer de realizar ações públicas que promovam o uso consciente de energia e rediscutir as bandeiras tarifárias pelas concessionárias, incentivando o desenvolvimento de fontes sustentáveis.

Márcio Corrêa é empresário e odontólogo. Preside o Diretório Municipal do MDB em AnápolisEscreve todas as segundas-feiras. Siga-o no Instagram.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Portal 6.

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