“A volta às aulas tem que acontecer e devemos estar preparados para isso”, defende Marcelo Daher

Médico infectologista explica quais medidas devem ser tomadas para garantir segurança das crianças

Augusto Araújo Augusto Araújo -
“A volta às aulas tem que acontecer e devemos estar preparados para isso”, defende Marcelo Daher
Marcelo Daher é médico infectologista em Anápolis. (Foto: Divulgação).

Com a pandemia de Covid-19, muitos pais goianos ainda estão incertos sobre levar os filhos para as aulas presenciais.

Embora desde agosto já houvesse a possibilidade de levar os filhos para as escolas, a adesão dos alunos estava muito baixa nas redes públicas do estado.

O Portal 6 conversou com o médico infectologista Marcelo Daher para explicar melhor sobre o momento pandêmico que Goiás vive e a medida da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), para que as aulas voltassem a ser 100% presenciais.

Segundo o especialista em saúde, a medida da pasta é acertada. “Vivemos [em Goiás] um momento bastante favorável, com o número de casos reduzindo progressivamente ao longo dos dias”.

Na visão dele, como já há diversas atividades sociais liberadas, como em comércios e restaurantes, não faria sentido manter o ambiente escolar alheio a essa movimentação.

“O momento é oportuno, talvez até um pouco tardio. Sabemos que podemos ter repiques de casos, mas isso é natural em relação à doença”, defende Marcelo Daher.

Como forma de conter tais picos de contaminação, o infectologista lembrou que o avanço da vacinação era o mais importante meio de combate ao vírus.

“A volta às aulas tem que acontecer e devemos estar preparados para isso. Os alunos estão sofrendo bastante” afirmou.

Por fim, Marcelo Daher destacou que investir excessivamente em medidas como a compra de álcool em gel e  desinfecção das salas de aula não seriam tão eficientes para conter o vírus.

“Ao invés de gastar com coisas ineficazes, sem nenhum efeito no controle da doença, a gente deveria investir em máscaras e testagens. Isso sim é importante, além da vacinação das crianças”, concluiu.

 

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