Caso da mulher que foi morta enquanto tentava ligar para Patrulha Maria da Penha ganha desfecho
Vítima recebeu quatro tiros do ex-companheiro, que descobriu que ela estava tendo um novo relacionamento
Exatamente no momento em que tentava mandar uma mensagem para a Patrulha Maria da Penha, em Rio Verde, Sudoeste do estado, Regina Maria da Silva Andrade foi assassinada, pelo ex-companheiro, com quatro tiros dentro de um carro.
O crime ocorreu em 30 de janeiro de 2020. Com a acusação do Ministério Público (MP), Edenilson Florêncio da Silva foi condenado a 21 anos de reclusão, um ano de detenção, além de pagar 10 dias-multa pelo crime de feminicídio. A decisão da Justiça foi tomada no último dia 19.
De acordo com a denúncia do MP, o casal mantinha relacionamento conturbado, desde 2003, marcado por desentendimentos, agressões e separações, inclusive, já com decretação de medida protetiva.
Pela narrativa, após a última separação, Regina começou a namorar outro homem no início de novembro de 2019. Um mês depois, ao tomar conhecimento, Edenilson começou a perseguir a vítima e organizar um plano de execução.
Assim, ele teria pegado um revólver adquirido há mais de 10 anos e ido até a casa do filho para trocar de moto com ele e garantir mais agilidade na fuga.
Entretanto, os filhos perceberam a intenção do pai e alertaram Regina, que fechou o estabelecimento que trabalhava e foi até a delegacia questionar a medida protetiva.
À noite, ela e o namorado pararam em uma pizzaria. Ao ficar sozinha no carro, no momento no qual tentava enviar mensagens para a Patrulha Maria da Penha, Edenilson desceu da motocicleta, andou até o veículo, atirou quatro vezes e fugiu.
Edenilson foi condenado, está preso preventivamente, e teve o pedido negado pela Justiça para recorrer em liberdade.