Surto de gripe ainda pode ser evitado em Goiás, afirma médico infectologista
Faixas etárias mais extremas são as mais vulneráveis e há recomendações que devem ser seguidas para se prevenir contra doença
Um surto de H1N1 em alguns estados brasileiros, como Rio de Janeiro (RJ), Espírito Santo (ES) e Rondônia (RO), ligou um sinal de alerta sobre a cobertura vacinal para a doença no país.
Isto porque o vírus está se disseminando com muita força entre crianças, gerando internações em unidades de saúde.
Além disso, o acontecimento se dá em uma época incomum, que é a de primavera. Historicamente, o período mais favorável para a Influenza é o inverno.
O Portal 6 conversou com o infectologista Marcelo Daher para entender o porquê da doença estar se disseminando desta forma e os riscos de surto para Goiás.
O médico explicou que as faixas etárias mais extremas – ou seja, os mais jovens e os mais idosos – são as populações mais vulneráveis para a Influenza, devido à fragilidade do sistema imunológico.
“Porém, as crianças voltaram recentemente às aulas e, como elas não usam máscaras, elas facilitam a disseminação da doença. Quando ela se espalha entre os pequenos, a gripe acaba se disseminando entre todas as pessoas”.
Daher também apontou que o período de maior intensidade da gripe, que não se viu em 2020, deve acontecer neste ano. Isto porque, com a vacinação contra a Covid-19, a população teria relaxado com as medidas de biossegurança.
“A minha recomendação é para que as pessoas mantenham o uso de máscaras em lugares fechados, ou com concentração de pessoas. A população também tem que se lembrar de vacinar todos os anos contra a gripe”, apontou.
O especialista afirmou que, para não haver risco de surto em Goiás, a cobertura vacinal no estado deve ser feita de forma ampla, com envolvimento da população.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), para obter os dados sobre a cobertura vacinal contra a H1N1, mas não obteve resposta até o fechamento da publicação.