O que já mudou em Anápolis em menos de um ano após o lockdown que fez tudo fechar as portas

Levantamento do Portal 6 mostra como estava a cidade no auge da pandemia e os números atuais de contaminados

Caio Henrique Caio Henrique -
O que já mudou em Anápolis em menos de um ano após o lockdown que fez tudo fechar as portas
Visão aérea da região Central de Anápolis. (Foto: Bruno Velasco)

Na ativa em Anápolis desde março de 2020, a pandemia do novo coronavírus foi a responsável por alguns dos momentos mais críticos da história recente do município.

Foi pouco menos de um ano após a chegada da doença por aqui, por exemplo, que o prefeito Roberto Naves (PP) se viu obrigado a tomar a decisão mais drástica da gestão até o momento.

Na ocasião, no dia 05 de março deste ano, mais especificamente, o município entrou oficialmente em lockdown – estado mais rigoroso de regulação.

Para se ter uma ideia, somente serviços de atendimento de urgência e emergência, cemitérios, funerárias, distribuidores e revendedores de gás e de combustíveis tinham autorização para funcionar sem restrição.

Cenário de fim de ano

Porém, antes mesmo disso, na reta final de 2020, muito se era falado sobre a pandemia na cidade.

Um dos tópicos mais recorrentes no dia a dia, especialmente entre usuários de redes sociais, era de que a baixa nos registros de mortes e casos, simultâneo à realização dos eventos de cunho eleitoral, não era uma coincidência.

Aliado a isso, tiveram também as festas de fim de ano, especialmente Natal e Réveillon, quando foram registradas algumas das maiores infrações das normas de distanciamento vigentes, incluindo uma mega festa clandestina com mais de 500 presentes em uma chácara de Anápolis.

As consequências vieram em seguida, já no início de 2021, quando o município viveu a pior fase em questão de número de vítimas e infectados.

As estatísticas traçaram uma crescente que teve o auge justamente em março, quando foi necessário instaurar o lockdown. Apenas neste mês, 352 moradores tiveram as vidas perdidas para a doença, de acordo com a contabilização da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).

O número é quase 6x maior do que as fatalidades registradas nos três últimos meses de 2020 somados.

Mas e agora?

Hoje, as festas e feriados de final de ano estão novamente em perspectiva. Porém, com um olhar completamente diferente do que foi em 2020.

Com a baixa na ocupação dos leitos, óbitos por conta da Covid-19 cada vez mais raros – apenas nove foram contabilizados no último mês de novembro – e quase 60% da população local já vacinada com a segunda dose, o cenário é outro.

Os eventos particulares, por exemplo, têm liberação de até mil pessoas, sem a necessidade de aprovação prévia da Vigilância Sanitária.

Uma vez tida como essencial e absoluta, o uso obrigatório de máscara em espaços abertos já foi abolido em alguns municípios goianos e a discussão, inclusive, chegou até as três principais cidades, com a possibilidade de acontecer em um futuro próximo.

A maior dúvida do momento segue sendo a realização do Carnaval nas ruas brasileiras, muito por conta do surgimento da variante Ômicron, mais transmissível e agressiva que as demais, e que já tem casos identificados no país.

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