Mega esquema de corrupção é descoberto na Secretaria de Segurança Pública de Goiás

Investigações ainda não foram concluídas, mas já apontam que empresário de caça-níqueis é um dos envolvidos no esquema

Karina Ribeiro Karina Ribeiro -
Fotos de carros de luxo apreendidos pela Polícia Civil. (Foto: Divulgação/PCGO)

Um total de seis mandados de busca e apreensão e bloqueio de bens que chegam a R$ 58 milhões foram cumpridos numa megaoperação realizada pela Polícia Civil de Goiás nesta quarta-feira (26).

Além de empresários e diretores comerciais de empresas, seis servidores efetivos do estado estão envolvidos nos supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em contratos fechados entre os anos de 2013 e 2018 na Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Em entrevista coletiva, sem citar nomes, o secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSPGO), Rodney Miranda, informa que um dos agentes envolvido no esquema é um velho conhecido do estado. “A figura de um grande articulador, envolvido com caça-níqueis, já apontado em outros casos. É muita audácia e destemor em relação à SSP”, relatou. A expectativa é de que a investigação seja encerrada num prazo de 30 dias.

Na prática, contratos foram superfaturados para compra de câmeras de alta definição, além de cabos de fibra ótica, manutenção e treinamento dos prestadores de serviço.

No esquema, o papel de um dos servidores públicos era de elaborar o termo de referência e até o edital afim de favorecer o proprietário de uma empresa. Inclusive, fazendo pareceres técnicos e jurídicos para desclassificar concorrentes. “A empresa tinha outras duas sócias ocultas, que tinham contrato de gaveta, a fim de inflar os preços dos produtos”, explicou o delegado Francisco Lipor.

Entre os bens apreendidos, estão carros de luxo de marcas como Porsche e BMW, além de imóveis, ativos e aplicações financeiras. Os servidores foram afastados dos cargos e não poderão exercer funções públicas. Segundo o delegado, assim que finalizar as investigações, os nomes serão expostos.

 

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