Novo ‘viaduto’ no trevo do Recanto do Sol vira sonho ainda mais distante

Trânsito no local é um dos piores de Anápolis e ANTT não exigiu intervenção viária para melhorar fluidez

Lucas Tavares Lucas Tavares -
Como as obras são previstas no Sistema Anápolis-Aliança do Tocantins, as BRs-414 e 080 também estarão com trânsito alterado (Foto: Google Street View)

O contrato de concessão das BRs 153/414/080 à EcoRodovias não prevê intervenções viárias na região do Recanto do Sol, no Nordeste de Anápolis.

Ao Portal 6, a concessionária confirmou que não há previsão no acordo firmado com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A privatização do trecho era a esperança de autoridades consultadas pela reportagem de que as tão esperadas obras finalmente saíssem do papel.

O entroncamento das BRs-153 e 414 é um dos pontos mais críticos do trânsito na cidade. Dados da Companhia Municipal de Trânsito, Transportes e Serviços Urbanos (CMTT) mostram que, entre 7h e 8h, quase 10 mil veículos trafegam por ali.

Esse volume pode ser ainda maior nos próximos anos, por conta do alto número de loteamentos já aprovados, o que culminará no adensamento da região.

Diretor da CMTT, Igor Lino Siqueira explica que a parte que cabia à Prefeitura, com a duplicação de uma via que servirá de encabeçamento para o tráfego na BR-153, já está pronta. O local, que fica no Residencial Flor do Cerrado, tem sido usado por moradores como via alternativa.

Encabeçamento pronto para intervenção na entrada do Residencial Flor do Cerrado. (Foto: Captura/Google Maps)

“Essa região do Recanto [do Sol] tinha dois projetos [para melhorar a fluidez], todos com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A prefeitura fez toda a parte dela [na entrada alternativa], com o encabeçamento. A terraplanagem foi toda feita”, afirmou.

A ideia é construir, às margens do Flor do Cerrado, uma passagem inferior. A rodovia seria elevada e as pistas de ligação entre os bairros que margeiam a BR-153 passariam por baixo.

Essa intervenção garantiria mais fluidez, conforme Igor Lino. “Do que tem lá hoje, resolveríamos 80% do problema. O volume é grande, pois a região é populosa”, argumentou.

No bojo da incerteza, a Prefeitura deve tentar negociar com o Governo Federal para achar uma solução. O DNIT poderia assumir a obra. Há ainda esperança de que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) dialogue e chegue a um consenso com a EcoRodovias para inclusão do trecho no cronograma de melhorias.

“É uma obra cara, precisa de infraestrutura para o desvio e depois para a obra começar em si, pois a rodovia não pode parar. Poderíamos unir forças entre DNIT, com a Prefeitura de Anápolis e Governo federal”, aponta o diretor da CMTT.

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