Estudantes universitários de Anápolis ainda não têm nenhum RU para chamar de seu
Unidade existente na UEG da BR-060 não pertence à instituição, mas é exemplo de como esse serviço faz toda a diferença para os alunos
Em Anápolis existem dezenas instituições de ensino superior, mas a falta de restaurantes populares voltados a estudantes denuncia a ausência de preocupação com esse público.
Com exceção do Câmpus Central da Universidade Estadual de Goiás (UEG), localizado na BR-060, nenhuma entidade de ensino possui esse serviço nas proximidades.
Lá, mesmo não pertencendo à instituição, o Restaurante do Bem, que administrado pela Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), faz toda a diferença na vida dos universitários.
Com o valor unitário de R$ 2,00, a unidade distribui cerca de 900 refeições por dia para alunos e a comunidade em geral.
Já os estudantes do Câmpus Nelson de Abreu Júnior, no bairro Jundiaí, precisam recorrer às lanchonetes e restaurantes comuns da região que cobram pelo menos dez vezes mais por um simples prato-feito.
“Para quem mora em outra cidade pesa muito porque a grande maioria opta por comer besteiras e a outra parte precisa trazer comida de casa, que foi preparada no dia anterior”, lamenta Érika Holderban, estudante de pedagogia na unidade.
A realidade não é muito distinta para os jovens e adolescentes do Instituto Federal de Goiás (IFG), localizado no Reny Cury, bairro da região Sudoeste de Anápolis.
Por conta da pandemia, o único refeitório do prédio está sendo usado como sala de aula.
Municípios como Aparecida de Goiânia, Cidade de Goiás, Luziânia, Valparaíso e Uruaçu contam com restaurantes exclusivamente para o público universitário nos campi do IFG.
Pela ausência de RU na unidade de Anápolis, os alunos recebem uma bolsa alimentação de R$ 120. Só que esse benefício é pago apenas para os que estudam em período integral.
Segundo a assessoria de imprensa do IFG Anápolis, um projeto de implantação do restaurante para estudantes no local até existe, mas nunca saiu do papel.