Arraiana segue rito legal para evitar questionamentos na Justiça, diz Prefeitura

Administração Municipal cita que evento tem respaldo em lei aprovada na Câmara. MP diz que não há investigação

Lucas Tavares Lucas Tavares -
Arraiana segue rito legal para evitar questionamentos na Justiça, diz Prefeitura
Arraiana deve reunir milhares de pessoas em julho. (Foto: Prefeitura de Anápolis)

O Arraiana, evento que marca a comemoração dos 115 anos de Anápolis, se ampara em lei municipal para evitar questionamentos jurídicos.

Num momento de várias decisões, que questionam altos cachês pagos a artistas e afetam festas bancadas com dinheiro público, a Prefeitura se apoia num texto aprovado pela Câmara Municipal, que garante a realização dos shows.

A lei prevê a garantia de todos os recursos financeiros empenhados no evento. O volume é restrito a 0,2% do orçamento municipal anual.

“A saúde financeira do município de Anápolis é uma referência para o país, cumprindo todas as previsões legais de investimentos em áreas como saúde, educação e desenvolvimento social”, afirmou.

“O valor investido no Arraiana não prejudica quaisquer outras áreas da administração municipal, pois não são utilizados recursos das mesmas para a realização da festa”, continua.

Outro motivo que justifica o investimento, segundo a nota, é a arrecadação de milhares de toneladas de alimentos para diversas instituições assistenciais, como já é tradição do evento.

Em 2022, estão previstas as apresentações de artistas como Luan Santana e Jorge e Mateus. As despesas, segundo a Prefeitura, serão de R$ 1,2 milhão.

Sem investigações

No Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) não há qualquer tipo de investigação em relação ao Arraiana, até o momento.

O órgão que age a partir de denúncias contra o patrimônio público, confirmou que não existe nenhum procedimento extrajudicial instaurado em relação aos shows.

Mas, “havendo qualquer indício sério de irregularidade nos contratos celebrados para a realização do evento, o Ministério Público irá investigar”.

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