Saiba quem terá direito ao auxílio caminhoneiro em Goiás e como ter acesso
Sem data oficial para repasse, projeto indica o pagamento de cinco parcelas até o fim do ano
Com a iminente aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ‘Kamikaze’, que recebeu este apelido por incrementar benefícios sociais às vésperas das eleições, os caminhoneiros autônomos irão contar com um novo auxílio social no valor de R$ 1 mil.
Até o momento, não há data oficial para o repasse. A intenção, segundo o Governo Federal, é que os pagamentos comecem ainda em julho. Porém, devido à tramitação do projeto, o benefício deve chegar às contas dos trabalhadores somente em agosto.
Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apontam que quase 49 mil caminhoneiros goianos, que estão cadastrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC), têm direito a receber o auxílio no estado. Em todo o Brasil, esse número é de 878 mil.
Além de estar registrado como Transportador Autônomo de Cargas no sistema, o beneficiário deve ter data de inscrição no RNTRC de até, no máximo, 31 de maio. O limite é uma estratégia para evitar cadastros de última hora e recebimentos indevidos.
Também chamado de Pix Caminhoneiro, a transferência do dinheiro aos contemplados será feita via aplicativo Caixa Tem.
No projeto, está previsto o pagamento de cinco parcelas, referente ao período de julho a dezembro deste ano. O Executivo terá limite de R$ 5,4 bilhões para os gastos com o auxílio.
Entidade critica
Antes da aprovação, o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Goiás (Sinditac), Vantuir Rodrigues, já se manifestava contra a proposta. Para ele, os repasses não resolvem o problema da alta no diesel e o presidente Jair Bolsonaro (PL) tenta utilizar os caminhoneiros para fins eleitorais.
“O governo quer fazer a categoria de palhaço com esse auxílio, aproveitando para usar os trabalhadores em ano de eleição”, disse à época ao Portal 6.
A prioridade, segundo o representante, deveria estar em fiscalizar e fazer cumprir a lei do frete mínimo.
“Fechamos as estradas lá atrás e a lei não está sendo cumprida. É só um exemplo de que não precisamos de ajuda que vem de auxílio, mas que o Governo cumpra com o que prometeu e invista em medidas que façam diferença”, enfatiza.