Suspeito de matar a ex-mulher é encontrado amarrado em poste no Rio
Queven, segundo versão dada pela mãe dele ao delegado, teria sido amarrado por sua própria família
Preso sob suspeita de assassinar a tiros a ex-mulher, a cabeleireira Sarah Jersey Nazareth Pereira, 24, Queven da Silva e Silva já a teria ameaçado duas semanas atrás. O crime ocorreu por volta das 4h desta terça-feira (26) no centro do Rio de Janeiro. Ele atirou 16 vezes contra a vítima, segundo a polícia.
O suspeito enviou mensagens por meio do WhatsApp para Sarah anunciando o que faria, de acordo com o delegado Romulo Assis, titular da Delegacia de Homicídios. “Ele disse que ia invadir a casa dela e atirar nela, e foi o que aconteceu.”
Segundo a polícia, até a tarde desta quarta (27), o preso não tinha advogado.
Silva, 26, foi detido por volta das 9h desta terça (26), quando policiais o encontraram amarrado num poste na entrada do Morro dos Prazeres, favela do bairro de Santa Teresa, onde residia.
Ao desamarrá-lo, policiais descobriram que ele era suspeito de homicídio.
Silva, segundo versão dada pela mãe dele ao delegado, teria sido amarrado por sua própria família.
“A mãe dele disse que ele pretendia se entregar para a polícia, mas acabou resistindo e decidiu fugir. Ela afirmou que eles [a família] o amarraram no poste e pretendiam levá-lo à 7ª DP depois, mas a viatura passou antes e o encontrou ali”, disse.
Questionado sobre a hipótese de Silva ter sido amarrado ao poste por membros de uma facção criminosa, para ser submetido ao tribunal do tráfico, o delegado não comentou.
Em vídeo que circula nas redes sociais, que a polícia confirmou ser verdadeiro, o suspeito aparece algemado e de moletom preto e admite ser o autor do crime.
Segundo o delegado, Silva se recusou a prestar depoimento e afirmou que só se manifestará perante o juiz.
Ainda não se sabe quantos dos 16 tiros atingiram a vítima. As imagens da perícia mostram perfurações nos braços, no tronco e nas pernas.
A cabeleireira vivia com os dois filhos, um bebê de dois meses e uma criança de quatro anos, em um apartamento que ela dividia com uma tia e com a avó materna.
As crianças estavam na casa na hora do crime e, segundo a polícia, não foram agredidas pelo pai. A irmã da vítima presenciou o crime.
Silva acumula, desde 2012, 47 passagens pela polícia, por crimes como tráfico de drogas e homicídio, além de 11 mandados de prisão contra ele.