“Emprego dos sonhos” ainda está longe de ser realidade em Goiás

Consultoras de Recursos Humanos explicam o porquê do modelo que tem feito sucesso em outros países não prosperar no estado

Emilly Viana Emilly Viana -
Funcionário marca ponto para entrada e saída de jornada de trabalho. (Foto: Reprodução)“Emprego dos sonhos” ainda está longe de ser realidade em Goiás
Funcionário marca ponto para entrada e saída de jornada de trabalho. (Foto: Reprodução)

Cada vez mais em alta, a discussão sobre o modelo de trabalho que reduz a jornada para quatro dias na semana, sem que haja desconto do salário, ganhou força no país. O chamado “emprego dos sonhos” começou em países como Japão e Emirados Árabes Unidos e tem como contrapartida a garantia de 100% da produtividade por parte do trabalhador.

Em Goiás, porém, a diminuição está longe de se tornar realidade. Pelo menos é o que avalia a diretora executiva da Laselva RH, Giselle Laselva, que presta consultoria especializada em Recursos Humanos. Ao Portal 6, ela explica que o estado vive hoje outro processo de modernização.

“Nem empresas, nem candidatos têm pensado na redução de dias agora. O foco tem sido o modelo híbrido de home office, com menos dias no escritório e mais em casa, que para muitos representa uma redução de gastos de ambos os lados”, avalia.

Apesar disso, Giselle acredita que não é impossível conhecermos goianos que irão aderir à ideia nos próximos anos. “Com base nos meus clientes, vejo que a produtividade tem sido muito mais prezada que modelos tradicionais. Com resultados positivos, consigo enxergar este novo padrão como algo possível em um futuro próximo”, pondera.

Já a diretora de Novos Negócios e Inovação da A3 Consultoria, Anita Luzine, diz que a espera pela novidade será maior do que a expectativa criada pelos trabalhadores. “Até o presente momento, nunca ouvi menções a isso. Para as empresas mais tradicionais, que é o público que trabalho, é uma realidade muito, muito distante”, afirma.

Ela considera que o perfil do empreendedor determinará se a tendência vai pegar ou não. “Pode funcionar com startups, que chegam com novas direções. Mas, no caso das empresas maiores e mais conservadoras, onde realmente as mudanças de cultura costumam acontecer, por enquanto é utópico”, aponta.

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