Entenda como é o atendimento a pacientes com Varíola dos Macacos em Anápolis
HEANA integra plano de contingência estadual, mas ainda não recebeu pacientes com a doença
Diante da preocupação global causada pelo surto de Varíola dos Macacos (Monkeypox), assim como a posterior classificação pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como sendo uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (ESPII), Anápolis precisou adotar novas medidas para lidar com a situação.
O município segue o Plano de Contingência Estadual, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). O objetivo é definir um fluxo de atendimento aos pacientes que contraírem a doença.
Anápolis tem um caso confirmado e seis suspeitos da doença. A cidade também tem uma das unidades destinadas à internação de pacientes com o diagnóstico: o Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HEANA).
Por ora, a unidade ainda não recebeu nenhum paciente. Todavia, os profissionais de saúde receberam treinamento para lidar com pacientes com suspeita e confirmação.
O documento da SES-GO define como caso a ser investigado aquele indivíduo que apresenta sintomas como erupção cutânea aguda ou lesão de pele, febre, dor corporal, cefaleia, adenomegalia, proctite, assim como edema peniano.
Se torna provável quando, além do quadro anterior, o paciente tiver sido exposto, de forma próxima ou prolongada, sem proteção respiratória ou mantendo contato com desconhecidos, caso provável ou confirmado de Monkeypox, tiver algum contato anterior com materiais contaminados ou for um profissional da saúde que não tiver utilizado os equipamentos de segurança.
Testagem
O caso confirmado é quando o resultado laboratorial “Positivo/Detectável” para Monkeypox for diagnosticado por PCR. Por outro lado, é apontado como negativo quando o mesmo exame apontar “Negativo/Não Detectável.
Se positivado, a vigilância epidemiológica deve ser imediatamente notificada. O indivíduo é isolado imediatamente e há uma coleta de material para análise, além da tomada de medidas de estabilização clínica.
Se o paciente apresentar sinais e sintomas de sepse, insuficiência respiratória aguda ou inflamação no cérebro, ele é encaminhado para internação em um dos hospitais de referência na Rede de Atenção à Saúde no estado, incluindo o HEANA.
Caso não haja agravante, o indivíduo segue isolamento domiciliar até o completo desaparecimento das erupções cutâneas. Uma equipe da vigilância do município mantém contato diário para acompanhar o quadro.
Durante o período de afastamento, cuidados semelhantes aos indicados para infectados pela Covid-19 precisam ser tomados, como evitar o contato com as secreções do paciente, uso de luvas sempre que possível, higienizar as mãos com frequência, evitar o compartilhamento de utensílios, descartar os resíduos contaminados adequadamente e limpar constantemente os ambientes frequentemente tocados.