Especialista explica por que o sinal de celular e internet em Goiânia piorou com a chegada do 5G
Problema é percebido, sobretudo, em bairros que passaram a receber a nova tecnologia válida na capital desde 16 de agosto
Após a liberação do sinal de internet móvel de quinta geração (5G), moradores de Goiânia têm relatado instabilidade em outras conexões de rede móvel e até na telefonia local. O problema é percebido, sobretudo, em bairros que passaram a receber a nova tecnologia válida na capital desde 16 de agosto.
Apesar das falhas observadas pelos usuários, o Conexis, Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel, Celular e Pessoal, alega que não há registro de qualquer problema no que diz respeito às redes das prestadoras. A instituição representativa orienta os usuários a buscarem informações sobre os contratempos diretamente com as operadoras, por meio dos canais de atendimento.
Já a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) diz que é normal que o 5G não esteja estável nos primeiros dias, mesmo dentro da área de cobertura. Isso porque as prestadoras ainda não estão comercializando planos ou serviços específicos para ele.
Consultado pelo Portal 6, o especialista em Tecnologia da Informação Ralph Rangel tem uma hipótese sobre o que pode estar causando a instabilidade. “Quando o técnico vai fazer a instalação de uma antena 5G é necessário fazer a interrupção da rede elétrica no local. Se ela está no mesmo poste de energia que uma antena do 4G, vai causar esse problema por alguns minutos”, aponta.
No entanto, a tecnologia por si só não poderia prejudicar o sinal de outras redes.
“Como o 5G opera em uma banda diferente, não é correto afirmar que o sinal atrapalha o 4G ou outra rede móvel. Ele só interferiria, em alguns casos, na transmissão de TV das antenas parabólicas”, esclarece.
Quanto à instabilidade no sinal do próprio 5G, Ralph pontua que uma cobertura eficiente dependerá da instalação de mais antenas e em mais regiões.
“É preciso ressaltar que o sinal não está na cidade toda, só em algumas regiões. O número de pessoas utilizando a rede neste momento é maior que de antenas instaladas, então é natural que haja falha nos serviços”, afirma.