Jogador de futebol é enganado por clube de Anápolis e tem seu nome usado em fraude

Contabilista se utilizou indevidamente da assinatura da vítima, que é analfabeta, para causar prejuízo milionário aos cofres públicos

Rafael Tomazeti Rafael Tomazeti -
Jogador de futebol é enganado por clube de Anápolis e tem seu nome usado em fraude
Operação da Polícia Civil cumpriu mandados de busca nesta quinta-feira (15). (Foto: Polícia Civil)

Um jogador de futebol de Anápolis foi usado para uma fraude promovida por uma empresa madeireira da cidade. A assinatura dele foi usada em contratos fraudulentos que colocaram-no como ‘laranja’.

Uma operação deflagrada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT) nesta quarta-feira (15) cumpriu mandados de busca e apreensão em uma residência e num escritório de contabilidade no município.

O contador investigado é dono de um clube de futebol semiprofissional da cidade e enganou o atleta. Ele o chamou para supostamente assinar um contrato para jogar, mas lançou a assinatura num documento para abertura de empresa individual.

A vítima é de origem humilde e semianalfabeta. De acordo com o delegado Marcelo Aires, responsável pela operação, ele funcionou como laranja para que o real beneficiário da fraude usasse o cadastro da empresa para sonegar impostos.

“Ele foi chamado para assinar o contrato e achou que estava fazendo um acordo para jogar pelo time. E, efetivamente, jogou por três anos no clube”, explicou.

As suspeitas começaram ainda em 2020, a partir de denúncia da Secretaria de Economia. O contador responsável utilizou a empresa para gerar créditos de ICMS sobre venda de madeira com utilização de notas fiscais falsas e não recolhia impostos.

O prejuízo aos cofres públicos superam a ordem de R$ 1,5 milhão. Os investigados respondem pelos crimes falsidade ideológica e sonegação fiscal.

O delegado afirma que a investigação prossegue para identificar o empresário que estava por trás do esquema e se beneficiava com a fraude.

“Cumpridas as buscas vamos chegar até o verdadeiro beneficiário. Teve um empresário que lucrou com essa comercialização sem o recolhimento dos tributos”, destacou.

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