Pastora é presa por suspeita de ter matado marido e simulado suicídio em Bela Vista de Goiás

Anteriormente, mulher havia criado um plano funerário para o cônjuge que a colocava como beneficiária em caso de falecimento

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Pastora é presa por suspeita de ter matado marido e simulado suicídio em Bela Vista de Goiás
Sueli Alves dos Santos Oliveira e o marido que foi envenenado José Maria Vieira de Oliveira. (Foto: Reprodução)

Nesta sexta-feira (23), a pastora Sueli Alves dos Santos Oliveira, de 42 anos, foi presa por suspeita de ter assassinado o marido José Maria Vieira de Oliveira, de 49 anos, no município de Bela Vista de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia.

Ao G1, a delegada responsável pelo caso, Mágda D’Ávila, afirmou que o casal teria brigado um dia antes do crime e então, a mulher simulou o suicídio do cônjuge por envenenamento.

“Os policiais encontraram um vidro de ‘chumbinho’ e a gente percebeu que ela estava de olho no vidro enquanto os agentes estavam na casa. A perícia detectou o veneno em um copo, na pia da cozinha e até na caixa de gordura”, relatou.

Segundo a polícia, a pastora negou ter matado José Maria, alegando que ele mesmo teria tirado a própria vida apenas para incriminá-la.

O corpo da vítima foi localizado nesta sexta-feira (23) e logo em seguida, a suspeita de ter cometido o assassinato foi presa.

À polícia, a família relatou que em abril deste ano, Sueli realizou um plano funerário para o marido e a colocou como beneficiária em caso de falecimento, podendo indicar que ela já premeditava o crime.

A forma com que o corpo foi encontrado demonstrava que a vítima havia agonizado antes de morrer. Diante disso e de outros fatores, a análise preliminar realizada pela perícia pôde concluir que a morte foi causada por envenenamento.

Em depoimento, alguns vizinhos contaram para os policiais que o casal já estaria em processo de separação. Além disso, também relataram que na noite da discussão, a pastora teria desferido uma série de murros no rosto do marido.

O homem chegou até mesmo a fotografar o hematoma causado, no entanto, Sueli teria redefinido o aparelho telefone para apagar todas as provas existentes contra ela. Já no telefone dela, a polícia localizou mensagens de texto em que ela havia trocado com José.

“[O homem] foi até a casa de um casal de vizinhos e narrou que estava com medo de ser morto por sua esposa, mostrando uma lesão na cabeça provocada por ela. Ele relatou que ela queria que ele lhe desse o valor de metade da residência e da motocicleta do casal. Os vizinhos também relataram que a vítima os advertiu que se algo acontecesse com ele, que soubessem que teria sido sua esposa”, descreveu a ocorrência levantada pelo G1.

Na versão dada para a polícia, a pastora afirmou que às 18h saiu de casa e logo que voltou, por volta de 7h30, já encontrou o marido morto.

Todavia, os vizinhos contaram que ela teria saído 19h, momento em que a vítima foi em busca de pessoas próximas, já machucado, para relatar a briga. Por volta de 21h, a suspeita voltou para casa e apagou todas as luzes do lado de fora da residência, o que causou um estranhamento por ser uma atitude incomum.

Já por volta de 7h30 Sueli afirmou para os moradores da região que teria encontrado José morto dentro de casa.

Para a delegada responsável pelo caso, os filhos da vítima contaram que a pastora já teria tentado matar o ex-marido dela em Brasília, fazendo até com que ela fosse impedida de manter contato com eles.

Diante disso, assim como da apresentação por parte da suspeita de duas identidades com sobrenomes diferentes por causa de casamentos anteriores, a imagem de Sueli foi divulgada com o intuito de identificar possíveis outras vítimas.

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