Com fim da isenção de impostos, veja quanto deve subir o litro da gasolina em Goiás em 2023

Se a suspensão das contribuições não for renovada, aumento virá "de uma vez" a partir do dia 1º de janeiro

Emilly Viana Emilly Viana -
(Foto: Foto: José Cruz/Agência Brasil)
(Foto: Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Do dia para a noite, o preço da gasolina deve subir, em média, R$ 0,68 em Goiás. O aumento ocorrerá a partir de 1º de janeiro devido ao fim da isenção de impostos federais que incidem sobre os combustíveis desde março deste ano, que não deve ser renovada para 2023.

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, nem a atual gestão nem o governo de transição se manifestaram no sentido de manter a retirada da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e do PIS/Confis sobre os valores. Apenas a cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) segue temporariamente congelada.

“A perspectiva é a pior possível, tanto para o segmento quanto para o consumidor. E não havendo a renovação da isenção dos impostos federais, que é o que está se desenhando no horizonte, com certeza teremos um impacto muito forte no custo do produto de um dia para o outro”, aponta.

Além da gasolina, o Sindiposto estima alta de R$ 0,24 no preço do etanol e de R$ 0,33 no litro do diesel comercializado em Goiás. “A alta vem já em 1º de dezembro, quando os postos começam a comprar os combustíveis com o preço majorado. Importante ressaltar é que esse aumento não vai ser gradativo, mas vai vir de uma vez”, afirma.

Diálogo

O presidente do Sindiposto chegou a se reunir com membros do novo governo em Brasília, por intermédio da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), para tratar a questão. “Não houve um posicionamento firme de que haveria uma condição de transição ou de voltar a cobrança aos poucos. Disseram que iriam discutir isso depois da posse”, conta.

Adiar a decisão, de acordo com Márcio Andrade, refletirá diretamente no bolso do consumidor. “Depois da posse, o imposto já começa a ser cobrado. Não há como, por exemplo, a distribuidora faturar no dia 1º ou no dia 2 com o mesmo preço de hoje se não tem uma publicação de uma medida que mantém a isenção”, reforça.

De acordo com ele, o poder público argumenta que precisa da arrecadação e que pode fechar o próximo ano com as contas no vermelho sem a cobrança. “Eles estão ciente do problema, mas existe, por outro lado, a necessidade do país e do estado arrecadarem. Saímos de lá sem uma perspectiva de manutenção antes da virada do ano”, expõe.

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