Goiás bate recorde e já teve 2,4 milhões de descargas elétricas em 2023; veja as cidades mais atingidas
Para se ter uma ideia, o número representa 60% do total de raios contabilizados no ano passado
O estado conhecido pelo calorão intenso também ganhou uma nova característica: incidência de raios. Desde o início de 2023, acidentes envolvendo descargas elétricas em Goiás têm chamado a atenção dos noticiários e vão de caminhonete “derretida”, na BR-020, até relatos de quase morte.
Um desses casos aconteceu com um estudante de 12 anos, chamado Edison Júlio, em Montes Claros de Goiás, no dia 24 de janeiro. Enquanto cavalgava em uma égua pela propriedade, a criança foi atingida por um raio. No entanto, ele conseguiu sobreviver, mesmo com alguns ferimentos, enquanto o animal faleceu no local.
A incidência desses acontecimentos no estado não é mera coincidência e pode ser justificada. De acordo com dados do sistema de monitoramento de raios da Equatorial Goiás, somente entre janeiro e fevereiro deste ano, 2,4 milhões de descargas atmosféricas foram identificadas no território goiano.
Para se ter uma ideia, o número representa 60% do total de raios contabilizados em 2022, que foi de 3,8 milhões.
Em janeiro, por exemplo, o sistema registrou 1,7 milhão de descargas atmosféricas em Goiás. Se comparado ao mesmo período de 2022, a quantidade chega a ser quase três vezes maior.
De acordo com o levantamento, as cidades mais impactadas durante o período foram: Niquelândia, Cristalina, Rio Verde, Porangatu, Jataí, Formosa, Flores de Goiás e Cavalcante.
No intuito de evitar novos incidentes, a Equatorial Goiás recomenda algumas dicas que a população deve manter dentro e fora de casa durante as tempestades.
Uma das orientações é evitar o uso de celulares, secadores de cabelo, ferros elétricos, chuveiros e torneiras elétricas ao longo dos temporais, além de consertos de instalações elétricas. O órgão também recomenda que, se possível, as pessoas permaneçam dentro de casa ao longo da tempestade.
Para quem estiver fora da residência, a recomendação é evitar contato com objetos metálicos, como cercas de arame, tubos metálicos e principalmente linhas telefônicas ou elétricas e locais como campos abertos, piscinas, lagos, praias, árvores isoladas, postes e locais elevados.