Jovens de Anápolis com Síndrome de Down derrubam preconceitos e viram inspiração
Conheça as histórias de Lucas Tadeu e Murilo Henrique que a cada dia superam novos desafios
21 de março é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi escolhida para fazer alusão à trissomia do 21. Apesar do estigma associado a esta condição, há diversos exemplos de jovens que dão um show derrubando esses preconceitos.
Lucas Tadeu, anapolino de 26 anos que convive com a síndrome, é um desses bravos rapazes. Há três anos ele trabalha, de forma voluntária, na Delegacia Especializada de Atendimento ao Idoso ao lado do delegado Manoel Vanderic.
A mãe do jovem, Luce Anne Pereira, conta ao Portal 6 que tudo começou em um evento no Parque Ipiranga. O delegado estava presente e, ao final do cronograma, conheceu Lucas, que admitiu sonhar em trabalhar ao lado do agente na delegacia.
Vanderic prontamente convidou-o para conhecer a unidade no dia seguinte, e desde então o jovem auxilia nas tarefas burocráticas e de atendimento ao público.
“Ele muda o clima, todo mundo na delegacia enfrenta um ambiente pesado, com problemas. Mas o Lucas consegue deixar todo mundo alegre, quando ele não vem todo mundo sente falta”, afirmou o delegado.
Luciene ainda comenta que essa experiência foi uma das melhores coisas que já aconteceu com o filho. Desde que começou a trabalhar na delegacia, se tornou muito mais sociável e também busca uma rotina mais saudável para que, segundo ele, fique igual ao delegado Vanderic.
Outro exemplo de superação, é o jovem Murilo Henrique. Diagnosticado como portador da síndrome aos 3 meses de idade, o jovem sempre contou com o apoio da família e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).
A mãe do rapaz, Silma Parreira, conta que o filho teve uma trajetória bastante desafiadora em sua infância. Porém, com o apoio de profissionais, conseguiu se desenvolver em diversos aspectos. Hoje em dia, frequenta aulas de piano, inglês e é apaixonado pelo futebol.
Além disso, Murilo já exercita bastante a autonomia e independência. De acordo com a mãe, ele já está extremamente ansioso com a primeira vaga de emprego, que promete estar quase chegando.
Embora ainda sofra bastante com relação a inclusão e socialização. De acordo com Silma, esse é um dos aspectos que mais precisam ser discutidos hoje em dia enquanto sociedade.
Com relação a data de hoje, o jovem até brincou com a mãe mais cedo.
“Então hoje é meu dia? Pois então vamos para o shopping, comprar uns presentes e ir ao cinema, porque hoje é meu dia”, relata Silma