Professores de Goiânia vão rejeitar proposta de reajuste salarial feita por Rogério Cruz
Prefeito anunciou parcelamento em três vezes, mas sindicato exige valor integral em etapa única

Os professores da rede municipal de ensino em Goiânia irão rejeitar a proposta inicial de reajuste salarial anunciada pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) nesta terça-feira (21).
O Paço previa um acréscimo de 14,94% no pagamento dos profissionais da educação, mas feito em três parcelamentos que seriam colocados em prática em maio (5%), setembro (5%) e novembro (4,94%).
Desta forma, o piso salarial para a classe atingiria o estipulado pelo Ministério da Educação (MEC), no valor de R$ 4.420.
No entanto, essa proposta fragmentada não agradou aos professores. Ao Portal 6, a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, antecipou que o texto será rejeitado pela classe.
“Essa proposta foi apresentada sem nenhum diálogo conosco. Amanhã [quinta-feira, 23] nós estaremos em audiência com o Wellington Bessa [secretário da Educação] sob a perspectiva de melhorar as condições dessa proposta”, afirmou.
Leia também
- Manifestação contra PEC da Blindagem em Goiânia tem pedidos de prisão para Bolsonaro e repúdio à anistia; veja vídeo
- Primavera chega em Goiás para melhorar qualidade do ar e aliviar o calorão, mas situação pode piorar
- Manifestação contra PEC da Blindagem em Goiânia: o que você precisa saber
- “Impossível manter a casa limpa”: poeira e lama afetam moradores em Anápolis após obras na rede de esgoto
A ideia, segundo Bia de Lima, é de que o reajuste salarial seja feito integralmente, de uma só vez, assim como foi feito em Aparecida de Goiânia após conversas com o prefeito Vilmar Mariano (Patriota).
“Se a prefeitura [de Goiânia] tem dinheiro como alega que tem, nada mais justo valorizar os profissionais da educação. Esperamos [Sintego] não ter que fazer greve, como fizemos no ano passado“.
O sindicato dos professores já tem agendada uma assembleia na sexta-feira (24), às 9h, no Cepal do Setor Sul, para apresentar a proposta da Gestão Municipal aos membros da classe e definir o posicionamento.
“Conhecendo a categoria [de profissionais da educação] como conheço, não tenho dúvidas que ela não vai aceitar”, concluiu Bia de Lima.