Goiana emociona a internet ao gerar bebês para amigas que sonhavam em ser mães

"Senti que eu precisava ajudar", disse Luciene, ao revelar ao Portal 6 como tem sido toda a jornada

Davi Galvão Davi Galvão -
Goiana emociona a internet ao gerar bebês para amigas que sonhavam em ser mães
Luciene aceitou ser barriga solidária não apenas uma, mas duas vezes. (Foto: Arquivo pessoal)

Ver o filho nascer e poder dar todo o amor que só uma mãe conhece, é o sonho de diversas mulheres. Porém, seja por problemas de saúde ou outros motivos, não são todas que podem gerar um bebê.

Mas uma história em especial, que demonstra solidariedade e afeto, tem chamado atenção, depois que Luciene Alves de Melo, moradora de Goiânia, decidiu ser barriga solidária não por uma, mas duas vezes.

Ao Portal 6, ela, que também é mãe, revelou que sempre se dispôs a ajudar os outros, desde quando era criança. Quando cresceu, inclusive, se tornou doadora de sangue e medula.

“Desde muito nova eu sempre tive um comportamento bastante altruísta. Sempre doei sangue, sou doadora de medula e para fechar esse ciclo, eu senti que eu precisava ajudar alguém sendo também barriga solidária”, contou.

A oportunidade surgiu quando uma amiga, que sonhava em ter um filho, descobriu que não conseguia gerar a criança em decorrência de um câncer. Assim, em 2021, o primeiro embrião foi implantado em Luciene, que resultou, em 2022, no nascimento do pequeno Lucas.

Durante o período, ela afirmou ter precisado redobrar a atenção com o próprio corpo, por causa das restrições que teve de assumir para garantir o bem estar do bebê.

“Eu tive que perder peso, mesmo sendo uma pessoa que não gosta de exercício físico, tive que tomar muitas medicações, ficar sem comer várias coisas que eu gostava”, pontuou.

Luciene enquanto estava na gestação do Lucas. (Foto: Arquivo Pessoal)

Mesmo com essas dificuldades, Luciene não parou por aí. Em fevereiro deste ano, aceitou ajudar mais uma colega. Luciene está agora gestando o Ravi, que deve nascer em outubro.

Apesar disso, a mulher revelou que as restrições não foram nem de longe as partes mais desafiadoras do processo.

Segundo ela, o que mais a impactou foi quando teve de sair do hospital e se separar do pequeno Lucas, após passarem 9 meses dividindo o mesmo corpo. Prestes a se despedir do Ravi, garantiu que o sentimento será o mesmo.

“Você volta para casa, mesmo sabendo que o bebê não é seu, parece que o seu corpo não entende. Você fica uns 40, 50 dias sem entender, o corpo pede por aquele bebê”, admitiu.

Embora garanta ter amado ambas as experiências, ela contou que não pretende ser barriga solidária novamente, e que irá focar na própria família.

Ao ser questionada se manterá contato com os pequenos Lucas e Ravi, respondeu prontamente que sim.

“Tem famílias que não gostam desse relacionamento depois do parto entre a barriga solidária e as crianças. Graças a Deus esse não é o meu caso”, terminou.

O caso de Luciene emocionou a internet e chegou até a ser compartilhada na página Razões Para Acreditar.

 

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