Recepcionista agarrada e assediada em laboratório de Goiânia será indenizada em R$ 50 mil
Vítima ficou extremamente abalada com a situação e atitude da empresa fez ela pedir demissão
Samuel Leão -
Uma recepcionista conseguiu uma vitória na Justiça após denunciar que estava sendo vítima de assédio sexual por um colega de trabalho. O caso foi divulgado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 18º Região (TRT-18) e julgado pelo magistrado Luciano Crispim.
O responsável pelo ato seria o encarregado de um laboratório de análises clínicas, em Goiânia, que era superior hierarquicamente à vítima. Dentre as investidas sofridas, a funcionária cita tapas nas nádegas e afirmações de sonhos eróticos com ela.
O homem também teria tentado beijá-la e falava abertamente que queria que os dois tivessem relações. Como se não bastasse, chegou a oferecer dinheiro em troca de encontros e dizia que era seria ‘promovida’ se saísse com ele.
Por conta de toda a situação, a mulher passou a faltar o trabalho e ficar emocionalmente abalada. Uma colega dela, que testemunhou à favor do caso, também relatou ter vivido situações semelhantes.
A vítima afirma que levou o caso à coordenação do laboratório e nada foi feito. Já a empresa alega que transferiu as funcionárias para outros postos de serviço após ser notificada da situação.
O juiz então analisou os fatos e deferiu o pedido de reparação por dano moral e por assédio sexual, fixando a indenização em R$ 50 mil.
“Tem-se por comprovado o assédio sexual perpetrado pelo encarregado da recepção e também que a empresa não tomou nenhuma atitude eficaz para apurar os fatos e punir o agressor, pelo contrário, puniu as vítimas transferindo-as de postos de trabalho, levando a reclamante a pedir demissão e a testemunha, rescisão indireta”, afirmou.
