“Vou atrás dos meus direitos”, desabafa motociclista que se feriu gravemente após acidente em buraco de Anápolis
Mulher teve queimaduras de 3º grau e precisou passar por cinco unidades de saúde do município
Um das grandes cobranças dos motoristas de Anápolis é referente à qualidade do asfalto das ruas e avenidas do município, especialmente no que diz respeito à presença de buracos que, além de serem prejudiciais para os veículos, também podem oferecer grandes perigos para os condutores.
Um grande exemplo disso é Lorena Cristina de Melo, mulher de 38 anos que sofreu uma queda de moto ao passar por uma das tantas crateras abertas pela Saneago na cidade. Essa em questão está localizada na Avenida Presidente Wilson, na Vila Industrial.
Em entrevista exclusiva ao Portal 6, ela revelou que o acidente aconteceu na noite deste domingo (24), por volta das 18h40. Ao fazer uma curva, a motociclista se deparou com o enorme buraco na pista, sem nenhum tipo de iluminação ou sinalização, e acabou sendo lançada ao chão.
“Meu irmão já ligou para um advogado para ver o que pode ser feito, mas eu ainda estou cuidando dos ferimentos. Tive queimaduras de 3º grau, vou fazer raspagem e tomar anestesia, ficarei uns dois dias internada no centro de cirurgia”, desabafou.
Logo após o ocorrido, ela pediu ajuda para um primo, que foi até o local e registrou em vídeo os ferimentos sofridos.
“Minha moto arrancou o banco e quebrou o capacete, vou ver ainda como está o motor. Um rapaz que trabalha como vigia lá em frente falou que lá já caiu também um entregador, que foi parar embaixo da carreta, há pouco tempo”, revelou também.
Ela conta ainda que viveu uma peregrinação, tendo que passar por cinco unidades até receber, enfim, o tratamento.
Segundo ela, esteve no Hospital de Queimaduras, no Ânima, no Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HEANA) e também no Evangélico – tudo isso para terminar em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde recebeu apenas medicação para lidar com a dor.
Agora, ela irá retornar ao Hospital de Queimaduras para dar sequência aos procedimentos de raspagem e o que mais for necessário para recuperar e tratar as regiões machucadas.
“Eu vou atrás dos meus direitos, eles não podem fazer isso. Quem vai arcar com meus prejuízos, vou faltar o trabalho e gastar com remédio e curativos”, finalizou Lorena.