Morte de jovem de 20 anos chama atenção para condições de trabalho dos entregadores em Anápolis

Após fatalidade, diversos moradores do município se posicionaram, cobrando uma mudança de postura e mais empatia com os profissionais que realizam as entregas

Samuel Leão Samuel Leão -
Fatalidade acendeu um alerta para condições de trabalho dos profissionais. (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)
Fatalidade acendeu um alerta para condições de trabalho dos profissionais. (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Após um jovem entregador de aplicativo, de apenas 20 anos, morrer em um acidente de trânsito nesta quinta-feira (05), as redes sociais foram tomadas pela comoção.

Além de mensagens de pêsames, diversos internautas anapolinos expressaram preocupação com as condições de trabalho vivenciadas pelos entregadores.

“As pessoas criticam os motodelivery por correr demais, mas eles ganham por entrega, tem que correr mesmo. Eles pensam, essa semana vou fazer a feira, e então corre. Semana que vem, o aluguel, e então corre. Na outra semana, a prestação da moto, e corre ainda mais” , opinou um deles.

Rogério Wandrell Sousa Maia realizava uma entrega, por volta das 19h, quando colidiu com um caminhão em um cruzamento na Rua Quintino Bocaiuva, na região Central de Anápolis. O jovem teve o óbito confirmado ainda no local.

“Todo mundo criticando, não é? Porém, quando estão esperando o lanche infernizam os restaurantes pedindo agilidade na entrega, agora está aqui reclamando, mas quando quer pressa na entrega de vocês, esquecem que são pessoas como este rapaz que levam o lanche”, desabafou outra usuária da rede.

“Sou entregadora de delivery e peço pra Deus me proteger todo dia, essa profissão é perigosa e sempre tem que ficar atento com o trânsito”, acrescentou, preocupado com a logística da profissão.

Entre tantas mensagens tristes e outras em tom de denúncia às dificuldades e fatalidades da profissão, um outro internauta apelou para o coração das pessoas que fazem pedidos por aplicativo.

“E ainda tem gente que maltrata entregador, é uma profissão-perigo, a pessoa pode perder a vida pra ganhar uma corrida de apenas 7 reais”, afirmou.

“Que tristeza, gente! Tantos jovens sacrificando a vida para ganhar o pão de cada dia. Só quem perde sabe o tamanho da dor”, completou, por fim, mais uma moradora de Anápolis.

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