Graças a DNA, suspeito de latrocínio e homicídio em Anápolis é preso na Itália

Ao Portal 6, delegado responsável pelo caso detalhou como a prisão foi possível após anos de investigação

Davi Galvão Davi Galvão -
Grupo de Investigação de Homicídios, na sede da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Anápolis. (Foto: Arquivo/Portal 6)
Grupo de Investigação de Homicídios, na sede da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Anápolis. (Foto: Arquivo/Portal 6)

O Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Anápolis, com o apoio da Polícia Federal e das autoridades italianas, efetuou a prisão de um homem investigado pelos crimes de latrocínio e homicídio cometidos em Anápolis, em 2016 e 2018, respectivamente.

Em entrevista ao Portal 6, o delegado responsável pela investigação, Cleiton Lobo, comentou mais sobre o caso e explicou que, além de toda a equipe envolvida na operação, o trabalho dos agentes forenses foi essencial para a elucidação dos fatos.

Conforme explicou, o primeiro crime investigado foi o latrocínio ocorrido em 08 de fevereiro de 2016, que teria sido cometido pelo suspeito contra o proprietário de um açougue no mercado municipal.

“Essa vítima era conhecida por não aceitar pagamentos em cartão, apenas em dinheiro, e o suspeito pode ter ficado sabendo disso. Provavelmente algo deu errado na hora do roubo e acabou disparando contra o homem”, afirmou o delegado.

Acontece que o coldre no qual o investigado carregava a arma foi deixado no local e levado para análise no setor de perícia criminal em Goiânia, ao mesmo tempo em que as investigações avançavam e foi-se estabelecido um suspeito principal.

Entretanto, como detalhado pelo agente, não havia elementos conclusivos ao ponto de decretar a prisão do homem.

O caso ganhou uma nova luz recentemente, quando a equipe conseguiu analisar os resultados forenses, que indicavam a presença de material genético. Porém, as autoridades foram surpreendidas ao saberem que o suspeito não estava sequer no Brasil, mas sim na Itália. Logo, não seria possível realizar uma operação de busca e apreensão.

“Então a medida que a gente tomou foi confrontar o DNA presente no coldre com o dos filhos dele, que estão aqui no Brasil. A gente conseguiu a autorização da ex-esposa e fizemos esse cruzamento, que deu positivo”, relatou Cleiton.

O resultado também coincidiu com outro material genético coletado na cena de um homicídio também em Anápolis, em 2018.

Com isso, ambos os casos foram solucionados, e o suspeito preso pelas autoridades italianas, restando apenas o processo de extradição, que deverá ficar a cargo do Judiciário.

Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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