Novas ondas de calor em Goiás acendem alerta vermelho para crianças e idosos

Portal 6 conversou com especialistas, que explicaram quais cuidados devem ser tomados a fim de evitar episódios de desidratação e mal-estar

Davi Galvão Davi Galvão -
Novas ondas de calor em Goiás acendem alerta vermelho para crianças e idosos
Vista aérea da região do Bairro Jundiaí. (Foto: Reprodução/Secom)

Goiás deve enfrentar altas temperaturas, de até 42ºC, e registrar uma queda da umidade do ar para 12% já nesta semana, o que acende um alerta para a população. As informações são do boletim do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas (Cimehgo), divulgado nesta terça-feira (14).

Em meio a esta onda de calor e tempo seco, os goianos estão tendo de lidar com as consequências da escalada cada vez maior dos termômetros, onde os impactos são vistos e sentidos de maneira ainda mais forte em grupos mais vulneráveis, como as crianças e idosos.

É como explica a médica pediatra Jéssica França, que reforçou o alerta aos pais para prestarem atenção nos sinais de desidratação das crianças e adolescentes.

“Obviamente é um conselho que vale muito mais para bebês e crianças pequenas, que ainda não conseguem verbalizar quando estão com sede ou terem a autonomia de beberem água sozinhos”, esclareceu.

Assim, é importante que os responsáveis fiquem atentos a indicadores de falta d’água, como a concentração de urina, boca seca, lábios rachados, e saliva espessa.

A oferta de frutas ricas em água, como melancia, melão e abacaxi, também é bastante recomendada.

Já a geriatra Lívia Evangelista explicou que a terceira idade também requer cuidados especiais para enfrentar este tempo tão desafiador.

“Acontece que, com relação aos idosos, a maioria não sente mais o mesmo anseio por consumir água, a percepção de sede diminui bastante, mas isso não quer dizer que devam reduzir o consumo”, afirmou.

Para contornar essa falta de anseio, e até mesmo rejeição de líquidos, ela sugere medidas práticas e simples, como a implementação de águas saborizadas na dieta, seja com frutas, ervas ou canela.

“O importante é não deixar o idoso beber água ‘só quando ele sentir vontade’, mesmo que às vezes tenha de insistir” salientou, deixando claro a importância de também acompanhar os sinais de desidratação, que podem incluir, em alguns casos, maior confusão mental e indisposição.

Com relação ao tempo seco, ambas as especialistas concordam que o cenário representa um sério perigo, especialmente para aqueles com doenças crônicas, como a asma.

O ideal é sempre que necessário utilizar umidificadores de ar, para melhorar um pouco a condição geral do ambiente, assim como evitar atividades físicas de longa duração sem pausas para se reidratar.

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