Placa com símbolos curiosos em farmácia de Anápolis esconde história emocionante
Portal 6 conversou com a proprietária, que explicou toda a motivação por trás da ideia
Uma placa, fixada na fachada de uma farmácia de Anápolis, situada na praça do bairro Santa Maria de Nazareth, chama a atenção pela quantidade de símbolos apresentados. Apesar da curiosidade que gera, o painel guarda uma história inspiradora.
Em entrevista ao Portal 6, a proprietária do estabelecimento, Carol Borba, de 34 anos, revelou que a iniciativa partiu de experiências que marcaram a vida dela.
“Descobri recentemente, há cerca de três anos, que eu tenho TDAH. Sofri demais na minha vida, questão de preconceito, porque esqueço muito rápido as coisas. Eu tive um irmão de consideração que era esquizofrênico e perdi ele esse ano, então as plaquinhas são uma questão de respeito mesmo”, apontou.
Segundo ela, todas as síndromes, doenças e condições expostas na placa são conhecidas e abraçadas pelo comércio, de modo que o atendimento é feito de maneira especializada.
“Aqui temos uma regra de tratar todos iguais, se vier um autista, por exemplo – o que já aconteceu – e ele tiver sensibilidade à luz, nós apagamos as luzes para atendê-lo devidamente. E isso com qualquer outra situação que possa aparecer”, explicou.
E para matar de vez a curiosidade dos transeuntes, a gestora revelou o que representa cada um dos símbolos dispostos na fachada.
Decifre
Na primeira fileira, da esquerda para direita, estão os símbolos do Fisiculturismo, na figura de um homem forte, de Lúpus, pela borboleta lilás, Fibromialgia pela borboleta roxa, Doenças Autoimunes pela borboleta azul com preto, Síndrome de Tourette pela borboleta verde e Neurodivergente, pelos rostos em quatro cores.
Na segunda, o primeiro laço representa a Síndrome de Down, seguido pelo símbolo da Neurofibromatose, em seguida o da Doação de órgãos, depois o SED (Síndrome de Ehlers), pelo laço zebrado, Leucemia pelo laço vermelho, Doença Crohn, Autismo e Síndrome de Coffin Siris.
Já na terceira fileira estão estampadas a bandeira LGBTQIAPN+, o letreiro TDAH (Transtorno de Déficit Atenção e Hiperatividade) e SOS para representar o atendimento de emergências.
Por fim, a quarta fileira apresenta o punho erguido da Consciência Negra, seguido pelas mãos coloridas que representam Doenças Raras, um círculo com um corpo minimalista representando Acessibilidade, o símbolo de Cadeirante, um mosaico com coração para TOC (Transtorno Obssessivo Compulsivo) e o rostinho que representa as Deficiências Intelectuais.