Motoristas de app em Goiás rejeitam proposta de regularização: “não tem nada que a categoria exige”

Líder comunitário da categoria apontou ao Portal 6 quais são as demandas que não foram incluídas

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
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Imagem mostra filas de carros em Goiânia. (Foto: Secom/Governo de Goiás)

Em conversas aceleradas no cenário político nacional, a regularização dos motoristas de aplicativo está prestes a sair do papel. No entanto, em Goiás, a categoria segue inconformada com as regras previstas.

Nesta segunda-feira (04), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o projeto de lei que estabelece as normas da profissão. Agora, o texto seguirá para votação no Congresso Nacional e, caso aprovado, passará a valer após 90 dias.

Ao Portal 6, o líder comunitário da região Sudoeste de Goiânia dos motoristas de aplicativo, Miguel Veloso, apontou que, acerca do assunto, há um consenso: categoria está insatisfeita, parcialmente por não ter o conhecimento devido do que foi decidido.

“É rejeição total, até porque muitas pessoas não têm muita informação sobre isso”, explicou. Assim sendo, entre as propostas do governo, a profissão segue sem vínculo CLT, mas com carga horária de 8h a 12h, se houver acordo coletivo, assim como a criação da categoria de trabalhador autônomo.

Além disso, a hora trabalhada deverá valer R$ 32,09, sendo que o motorista deverá ter a remuneração mínima mais o ganho variável com cada corrida.

Outro ponto proposto é a criação de um sindicato da categoria. Porém, o representante goiano aponta que não há proposta benéfica no texto.

“Ao meu ver, não está beneficiando. Deveria ter participação dos profissionais. Nós que estamos nas ruas, nós que sabemos as demandas”, disse.

O líder aponta que há uma série de pedidos que não foram atendidos, como a instalação de pontos de apoio aos motoristas.

“Somos a favor da regularização, mas as principais coisas que precisamos são pontos de acolhimento para o motorista esquentar uma marmita, carregar um celular, ir ao banheiro, descansar, e o valor mínimo por km”, disse.

Miguel aponta que seria necessário aumentar o valor, que está em torno de R$ 1,50, para aproximadamente R$ 2,50. Além disso, o líder afirma que motoristas de aplicativo pedem os mesmos benefícios conferidos aos taxistas, como livre acesso aos corredores de ônibus, e maior proximidade com as forças policiais para garantir segurança, por meio de um canal direto e efetivo.

“A proposta não tem nada que a categoria realmente exige”, finalizou.

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