Mãe questiona segurança de brinquedos do Parque Ipiranga após filhinha quebrar o braço: ‘Prefeitura acha que não precisa cuidar’
Além de garotinha, outro menino também teve o tornozelo rasgado por um prego no escorregador
A tarde desta segunda-feira (08) era para ser como qualquer outra para Samara Grangeiro, de 35 anos, e a filha Sofia, de apenas 06, até que a mãe ouviu os gritos de dor e choro da pequena, em pleno Parque Ambiental Ipiranga – um dos maiores cartões-postais de Anápolis.
Imediatamente, ela foi até o parquinho, onde a menina estava brincando, para ver o que tinha acontecido. A criança, caída ao chão, estava sendo acolhida por outra mulher, que explicou para a mãe o que havia ocorrido.
Enquanto escalava a casinha de brinquedo do parquinho, um dos apoios de madeira cedeu e fez com que a pequena caísse. O impacto foi tão forte que Sofia quebrou o braço em três pontos diferentes.
“O que incomoda é que não foi algo ao acaso. Se tivesse sido só ela, o primeiro acidente, ok, azar. Mas diversas mães lá mesmo vieram falar comigo, reclamar que os filhos também tinham se machucado lá”, contou Samara.
Sofia teve de buscar atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Lineu Gonzaga Jaime, dando entrada no local às 22h, com o pai, mas só conseguindo atendimento às 05h. A conversa com o ortopedista, por sua vez, só ocorreu pela manhã, por volta das 08h.
“E foi isso, raio-x mostrou que quebrou o braço em três locais diferentes. Ela perguntando toda hora por que isso tinha acontecido, e óbvio que eu não falei nada para ela, mas eu sei que a culpa é da Prefeitura, que acha que parque não precisa de cuidado”, afirmou.
Outros casos
Muito longe de ter sido um caso isolado, Kaytlin Fonseca também conversou com a reportagem e contou que, há pouco tempo, ainda em novembro do ano passado, o filho Benício, de 09 anos, brincava no playground do local, quando também se acidentou.
Conforme a mãe, ao descer pelo escorregador, um prego, que de algum modo apontava para fora, rasgou o tornozelo esquerdo do pequeno, de modo que ele teve de ir até uma unidade hospitalar para realizar uma sutura e tomar a vacina antitetânica.
“Complicado, isso não devia acontecer, não são brinquedos tecnológicos, não deve ser caro mandar alguém olhar de vez em quando. E que nem aconteceu comigo, diversos pais reclamam disso quando a gente vai para lá. Com o filho do prefeito certeza que não acontece”, relatou Kaytlin.
O Portal 6 buscou a Prefeitura de Anápolis para poder entender melhor como funciona o cronograma de vistoria e reparos nos brinquedos, mas, mais uma vez, não obteve respostas.