Pai de bebê que foi torturado e teve pernas quebradas faz vaquinha para pagar tratamento do filho
Jovem, de 25 anos, iniciou campanha de arrecadação para comprar medicamentos, roupas e berço para o garotinho
Após vir à tona o caso do pequeno Zayan Manso Duarte, de um ano e cinco meses, o pai do garotinho abriu um vaquinha, para conseguir custear o tratamento médico do filho, que estaria sendo vítima de tortura por parte da mãe e do padrasto.
Isso porque o bebezinho deu entrada na UPA Pediátrica de Anápolis no dia 31 de março, após ter as duas pernas quebradas no que teriam sido agressões violentas por parte do casal. O pequeno ainda teria um histórico de anemia profunda e uma fratura no braço, em decorrência dos maus tratos sofridos.
Em entrevista ao Portal 6, João Victor Mendes Duarte, de 25 anos, explicou que o bebezinho vai precisar passar por todo um processo de fisioterapia, além de precisar de medicamentos e acompanhamento com profissionais da saúde.
“A gente vai trazer ele para morar comigo e a minha mulher, mas como a saúde dele ainda está muito frágil, a delegada ainda não liberou”, disse o vendedor ambulante, que vive em Palmas, no Tocantins (TO).
O jovem explicou também que vai usar o dinheiro para comprar um berço para Zayan, além de roupas e fraldas. “Ele estava sem nada com a mãe dele, não tinha um sapato, um chinelo”, revelou.
Atualmente, o garotinho é cuidado pelo avô paterno, em Anápolis, que o leva para fazer os exames médicos em Goiânia.
Assim, João Victor explicou que está usando todo o dinheiro que arrecada com as vendas para que o pai consiga fazer o transporte, por meio de motoristas de aplicativo.
Diante das dificuldades financeiras para manter todo o tratamento, o jovem divulgou a chave PIX (62) 99354-7260 para doações.
Investigação
Durante a conversa com a reportagem, a esposa de João Victor, Júlia Freitas, explicou que o casal conseguiu a guarda de Zayan devido a um pedido de medida protetiva contra a mãe do bebê, em caráter de urgência.
Agora, eles lutam para conseguir a guarda definitiva dele e da outra filha do jovem, que também foi vítima de agressões.
“O problema é que ela está com a avó materna, que viajou para o Pará [antes da denúncia] e está com ela lá há três meses. A gente já pediu para trazer de volta e ela disse que traria, mas não deu mais notícias, não responde mais. Estamos conversando com o nosso advogado, para ver se a gente consegue um mandado judicial para trazer ela de volta”, detalhou Júlia.
João Victor disse que vai para Anápolis no próximo domingo (28), para ver o filho e tentar obter mais detalhes sobre o andamento do caso. “Nós só estamos aqui [Palmas] por conta do trabalho, mas é f… ficar longe dele. A gente vê que ele sente falta”, afirmou.