Profissionais de enfermagem do Ânima cogitam greve: “desde setembro tentamos negociar”

Ideia é agir em resposta às contrapropostas apresentadas pela unidade, consideradas insatisfatórias para a categoria

Samuel Leão Samuel Leão -
Profissionais de enfermagem do Ânima cogitam greve: “desde setembro tentamos negociar”
Ânima Centro Hospitalar, em Anápolis. (Foto: Divulgação)

A “queda de braço” travada pelos profissionais de enfermagem do Ânima Centro Hospitalar, na última semana, não deu os resultados para o grupo e, agora – acompanhados pelo Sindicato de Enfermagem do Estado de Goiás (SIENFGO) – eles planejam uma paralisação.

A ideia, ainda em sondagem, é agir em resposta às contrapropostas apresentadas pela unidade, consideradas insatisfatórias para a categoria. O impasse teve início no dia 07 de maio, quando uma mobilização foi realizada na porta da unidade para pedir o pagamento do piso salarial, mas seria derivado de problemas antigos.

“Estamos buscando um acordo justo e que respeite a legislação vigente, mas até o momento não fomos atendidos pela administração do Hospital Ânima”, expressou Eliane Castilho, representante do SIENFGO, em comunicado enviado ao Portal 6.

“Nossos profissionais são essenciais para o funcionamento do hospital, e é fundamental que eles sejam valorizados adequadamente pelo seu trabalho.”, concluiu.

Profissionais da unidade já haviam relatado, em entrevista, que a carga de trabalho estaria em níveis desgastantes, e também que o hospital seria um dos únicos que manteve a negativa para o pagamento do piso salarial.

“Desde setembro tentamos negociar. Na última reunião, que ocorreu há uma semana, nos ofereceram R$ 2.100, e o nosso salário hoje é R$ 1.455. Fizemos a contraproposta de R$ 2.700, mas, depois de uma semana, deram a resposta negativa”, comentou uma das auxiliares.

Outro técnico de enfermagem frisou a gravidade da situação, dizendo “estamos lidando com uma carga de trabalho intensa e condições salariais abaixo do que deveriam ser”.

Segundo a Lei 14.434/22, sancionada pelo Governo Federal, o piso dos enfermeiros deveria ser fixado em R$ 4.750, enquanto o dos técnicos seria R$ 3.325. Atualmente, eles estariam recebendo, respectivamente, R$ 2.700 e R$ 1.455, valores bem abaixo do previsto.

Em resposta aos questionamentos do Portal 6, a administração da Rede Santa Lúcia, grupo responsável pela gestão do hospital, afirmou estar em processo de negociação e ainda alegou já possuir uma reunião agendada para a apreciação de uma nova proposta.

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