Após ser condenado a 10 anos de reclusão, pastor Klaus fica apenas duas semanas preso

Autor e esposa comandavam duas clínicas clandestinas em Anápolis, comparadas a 'campos de concentração'

Davi Galvão Davi Galvão -
Pastor Klaus está preso em ala separada pelo risco de ser executado pelos outros presos. (Foto: Reprodução)

O pastor Angelo Mario Klaus Junior, responsável por duas clínicas clandestinas, comparadas com ‘campos de concentração’ e que foram desmanteladas pela Polícia Civil (PC), foi solto nesta quarta-feira (29), apenas duas semanas após a decisão da Justiça que o condenou a mais de 10 anos de reclusão.

Ele e a esposa, Suelen Amaral Klaus, foram condenados a 10 anos e três meses de prisão, no dia 15 de maio.

Porém, os advogados de Angelo ingressaram com um pedido de Habeas corpus, para que ele pudesse recorrer em liberdade.

A relatora do caso, Dra. Sirlei Martins Costa concedeu o alvará de soltura do réu mediante a imposição de medidas cautelares.

No pedido, a defesa argumentou que ambas as clínicas já haviam tido as atividades encerradas e que outros réus envolvidos no caso já haviam obtido liberdade provisória.

Ainda, destacaram que o pastor encontrava-se em prisão preventiva por mais de 260 dias e que, embora o paciente tenha se evadido do local antes da prisão em flagrante, apresentou-se a delegacia após os fatos.

O pedido foi aceito pela relatora e o pastor poderá recorrer em liberdade, desde que cumpra algumas medidas cautelares, como comparecer à Justiça quando solicitado, entregar o passaporte, permanecer em casa durante o período noturno, não sair da cidade sem autorização e utilizar tornozeleira eletrônica.

Linha do tempo

29 de agosto de 2023 – Primeira clínica desarticulada pela Polícia Civil (PC), Klaus se torna foragido.
31 de agosto de 2023 – Segunda clínica localizada – Suelen é presa.
02 de setembro de 2023 – Klaus se entrega para a Polícia.
19 de setembro de 2023 – Suelen é solta em decorrência de uma cirurgia bariátrica.
15 de maio de 2024 – Juíza condena casal a 10 anos e 3 meses de prisão, e outros 5 comparsas também recebem penas.
29 de maio de 2024 – Pastor é solto após pedido de Habeas Corpus para recorrer em liberdade

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