Quebra de sigilo bancário dos influenciadores Igor Viana e Ana Santi deve mostrar como eles gastaram doações para filha

Medida é próximo passo a ser dado pela Polícia Civil e, até o momento, casal é investigado por 5 crimes

Samuel Leão Samuel Leão -
Igor Viana, de 24 anos, e Ana Vitória Alves dos Santos, de 22 anos. (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

A próxima ação de uma sequência de movimentos, encabeçados pela investigação contra os influenciadores Igor Viana e Ana de Santi, pais da pequena Sophia Viana, de 02 anos, será quebrar o sigilo das contas bancárias da dupla.

Ao Portal 6, a delegada da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Aline Lopes, explicou que será feita uma análise da arrecadação das doações e da destinação desse dinheiro. O acesso aos dados, inclusive, já foi autorizado pela Justiça e está em andamento.

Conforme salientado por ela, a expectativa é que na próxima semana os agentes se debrucem sobre as informações liberadas.

“Será um comparativo com os rendimentos de antes do nascimento, assim como com as despesas, para mensurarmos o que eles ganhavam antes e o que passaram a ganhar depois, e assim analisar se gastaram apenas com despesas para ela”, revelou.

A autoridade ainda apontou que nenhum dos dois possui trabalho formal, de modo que ambos viviam com o dinheiro que recebiam através das redes sociais e campanhas promovidas na internet. Eles são separados e, atualmente, moram sozinhos.

“Eles moravam juntos até cerca de duas semanas atrás, mas a Ana se mudou recentemente. Em depoimento, eles não falam sobre os valores, quando perguntamos sobre quanto era arrecadado, eles dizem que não sabem dizer”, continuou.

De acordo com a delegada, Ana teria dito que quem cuidava do dinheiro era o Igor e ele, em contrapartida, afirma que não precisa prestar contas do valor arrecadado. Ambos foram ouvidos pela polícia nesta semana, ela na terça-feira (25) e ele na quarta-feira (26).

Até o momento, estão sendo analisados cinco crimes denunciados formalmente: desvio de dinheiro de pessoa com deficiência, constrangimento de criança, maus-tratos, estelionato e discriminação contra pessoa com deficiência.

Segundo a delegada, ainda não há a previsão para a conclusão do inquérito e o andamento irá depender dos desdobramentos da investigação.

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