Um jovem, de 18 anos, que havia denunciado ter sido torturado por policiais da Companhia de Policiamento Especializado (CPE) de Anápolis, voltou atrás e confessou ter inventado toda a história.
Ele compareceu a uma delegacia da Polícia Civil (PC) no último sábado (17), onde registrou queixa contra os militares. No entanto, após desdobramentos da ocorrência, o goiano admitiu, nesta segunda-feira (19), que havia sido coagido a mentir sobre o relato.
A CPE chegou a essa conclusão após prosseguir com as investigações do caso, que os levaram ao local onde supostamente teria ocorrido o crime. Câmeras de segurança da região registraram toda a situação, confirmando a ausência da corporação durante a ação.
No local, os agentes encontraram o jovem, que então explicou as motivações por trás da “invenção”.
Segundo ele, um grupo de quatro homens o abordou enquanto dirigia pela Rua Professor Clementino de Alencar Lima, no bairro Jardim das Américas 3ª Etapa, ainda no sábado (17). Os homens o obrigaram a sair do carro e a entrar no porta-malas do veículo deles.
A vítima disse à polícia que já conhecia os agressores de “desentendimentos passados”, o que pode ter motivado o ataque.
Dentro do automóvel, os suspeitos o agrediram e, em seguida, roubaram o carro dele, o abandonando em casa após a agressão.
Para despistar as autoridades, os supostos agressores ameaçaram o jovem, ordenando que ele registrasse a queixa na delegacia culpando os policiais da CPE, sob a ameaça de “matar toda a família dele”.
Assim foi feito: no boletim de ocorrência registrado no mesmo dia, a vítima forneceu informações falsas sobre a ação dos supostos militares, informando que eles teriam o golpeado com pedaços de madeira e, posteriormente, o devolvido na residência, sem o veículo.