Ludopatia: entenda sinais de que você pode estar viciado em jogos de aposta

Especialista explicou ao Portal 6 que tendência tem afetado pessoas de todas as idades e crescido cada vez mais entre jovens

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém -
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Imagem ilustrativa de site de apostas. (Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil)

Atualmente, uma preocupação que tem aumentado entre a população brasileira é o grande crescimento de casas de apostas online, que trouxe uma ‘facilidade’ para fomentar a ludopatia, um problema psicossocial que atinge pessoas viciadas em jogos de apostas.

Devido à facilidade de se aplicar essas quantias financeiras por meio do celular, essa tendência também tem alcançado pessoas cada vez mais jovens.

É o que confirma a psicóloga, Beatriz Mendes. Ao Portal 6, ela conta que dificilmente a pessoa com sinais de vício procura atendimento. “Geralmente é a esposa, marido, pais e responsáveis que vêm com a queixa”, citou.

Beatriz Mendes, psicóloga, especialista em psicologia clínica (Foto: Arquivo pessoal)

A especialista citou comportamentos que podem identificar quem precisa de ajuda. “Quando influencia no sono, no relacionamento do casal, na rotina escolar, quando se pretere compromissos, é possível perceber que algo está errado”, explicou.

A psicóloga relatou um caso de um adolescente, de 17 anos, que foi diagnosticado com vício em jogos computador e celular, ambos envolvendo apostas. “Não conseguia fazer as tarefas porque toda hora chegava notificação de um novo jogo, um novo desafio”, contou.

Ela lembrou que o menor não concordava com o estado. ”Perdeu o ano, desenvolveu ansiedade e precisou ir para o psiquiatra, dado a gravidade da situação”, complementando que após ter passado pelo médico-especialista, teve a situação estabilizada.

Prevenção

Beatriz destacou que o autoconhecimento nessas questões é primordial para combater esse vício.

Como método para prevenir o agravo de quadros iniciais da ludopatia, ela chama a atenção das pessoas próximas. “As falas de mãe, pai, esposa, marido são uma boa forma de influenciar nesse auto-reconhecimento”, explicou.

Outra tática, segundo a especialista, é buscar uma mudança de rotina. “É ver quais prazeres posso colocar no dia a dia. Não precisa parar de uma vez, mas inclua jogos com amigos, futebol, outros esportes, que comece a conversar, coisas simples”, definiu.

A psicóloga complementa que o padrão de comportamentos deve ser combatido. “Ao invés de ir pro sofá e jogar, assista uma série, converse, brinque com o filho no parque, saia de casa”.

Por fim, a profissional orientou para a busca de profissionais especializados em eventuais excessos. “Temos psicólogos, psicoterapeutas e, em último caso, psiquiatras para auxiliar na questão”, finalizou.

Paulo Roberto Belém

Paulo Roberto Belém

Jornalista profissional, com passagem por veículos radiofônicos e impressos. Também possui experiência em assessoria de comunicação. Atualmente, dedica-se à cobertura do cotidiano de Goiás, sempre buscando aprofundar os temas com responsabilidade, sensibilidade e apuração rigorosa.

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