Campeão mundial: lutador de jiu-jitsu de Aparecida fala sobre desafio de conciliar rotina de pai, barbeiro e atleta
Rodrigo José Santana trouxe medalhas do World Tour Jiu-Jitsu, realizado no Rio de Janeiro
“Quem faz um pouquinho a mais, consegue um desempenho melhor”. É a esse conceito que o atleta de Aparecida de Goiânia, Rodrigo José Santana, de 41 anos, atribui a conquista do título no World Tour Jiu-Jitsu, após ser convocado pela Federação Sul-Americana de Sport Jiu-Jitsu.
A competição foi realizada no Rio de Janeiro no início de novembro e contou com a participação de mais de 2 mil atletas. Rodrigo travou três disputas, sendo medalha de ouro na categoria Nogi (sem kimono) 74,5 kg, ouro na Gi (com Kimono) 76 kg e prata na Absoluto peso livre.
Ele, que também trabalha como barbeiro, participou do campeonato mundial realizado no Rio de Janeiro, mas não deixou a barbearia fechada. “Meu filho maior, de 18 anos, foi quem possibilitou eu estar presente buscando o título”, contou.
Ao Portal 6, o atleta explicou como concilia a rotina entre a barbearia e o tatame. “Abro o estabelecimento de segunda à sábado às 08h, fecho às 20h e vou treinar. Isso às segundas, quartas e sextas. Às vezes atraso, quando o cliente agenda justo na hora do treino”, relatou.
Ele falou do apoio que recebe em casa. A filha menor o acompanha nos treinos. Rebeca tem nove anos e pensa em seguir no esporte. O pai diz que ela está empolgada. “No final do mês, o primeiro campeonato”, informou.
Já a esposa o ajuda nas dietas. “Ela me incentiva bastante. Cuida de toda a parte nutricional para eu atingir os pesos das categorias, sem prejudicar o tempinho para ela, que não pode faltar”, afirmou.
Rodrigo conta que, nas horas vagas, quando não está na barbearia, treinando ou competindo, ainda tira um tempo para a família. “A gente vai à igreja, passeia no parque, pegamos um cineminha e ainda vamos para a roça”, detalhou.
Ele falou também sobre os próximos passos como atleta. “Treinar mais para defender o título no mundial do próximo ano, que acontecerá em novembro, no Rio de Janeiro”. Antes disso, ele deve participar de outras competições.
E como não leva a família, o atleta conta como mata a saudade de casa em final de semana de competição. “A internet ajuda muito e ainda temos os colegas que mandam fotos e vídeos quase que em tempo real para os que ficaram em casa”, confidenciou.