Com reajuste, passagem de ônibus em Anápolis será a mais cara de todo o estado de Goiás
Anúncio foi realizado na última sexta-feira (22) e passa a vigorar no próximo dia 1º
Apesar de possuir mais que o dobro de habitantes de Anápolis, Goiânia segue com o preço da tarifa dos ônibus mais barata por conta do subsídio criado pelo consórcio entre Governo de Goiás e municípios da Região Metropolitana. Na realidade, com o novo reajuste, a cidade das antas se destaca no cenário estadual como aquela com a maior tarifa de todas até o momento.
Após negociações realizadas entre a concessionária Urban e a Prefeitura de Anápolis, conforme anúncio na última sexta-feira (22). A tarifa saiu de R$ 4,95 para R$ 5,25 no cartão. O novo valor passa a vigorar no próximo dia 1º. A notícia gerou comentários indignados ao apontar que utilizar o serviço da Uber Motos sairia mais em conta que o serviço público, a depender da distância.
O Portal 6 apurou o preço das passagens do transporte público municipal das principais cidades do estado quando o transporte é realizado exclusivamente dentro dos municípios – colocando Anápolis no topo da lista.
Em Goiânia, a passagem custa R$ 4,30, dando o direito ao cidadão à circular por vários terminais, de ponta-a-ponta da cidade e também abarcando municípios da Região Metropolitana. Em Rio Verde, Sudoeste do estado, a passagem foi atualizada para R$ 4 no começo de 2024, valor que permanece desde então.
Em Itumbiara, na região Sul, é cobrado um preço de R$ 3, enquanto Águas Lindas de Goiás tem uma tarifa de R$ 4,50 – a qual, até então, era a maior do estado. Na contramão de todas essas realidades, a cidade de Luziânia seguiu a iniciativa da pioneira Anicuns, com 21 mil habitantes, que decidiu abolir a cobrança pela passagem, desde o final de 2023.
Portanto, se juntou à lista das 88 cidades do Brasil da chamada “Tarifa Zero”, dentre as quais, 65% teria menos de 50 mil habitantes. Entretanto, também existem exemplos de cidades maiores adotando o modelo, como Balneário Camboriú. Outro exemplo parcialmente adotado é Palmas, no Tocantins, onde as catracas são deixadas livres aos domingos e feriados.
Formosa, Aruanã e Goiás também são cidades que contam com tal inovação, disponibilizando o serviço gratuito à população. Motivado por uma greve dos motoristas, pedindo o reajuste da data-base, pendente desde junho, a aumento dos preços foi decidido em razão de um déficit orçamentário vivido pela empresa Urban.
Repercussão
Nas redes sociais, diversos internautas criticaram o aumento dos preços, apontando alternativas.“Uber moto melhor que Urban, quase o mesmo preço”, disparou um deles, enquanto outro citou: “Passagem mais cara do que em Goiânia que tem o triplo do tamanho quase. Anápolis não tem nem a metade de Goiânia”.
A posição foi endossada por outros usuários que compararam os valores, destacando que “vale mais a pena” utilizar o serviço de plataformas de mobilidade. Por outro lado, uma leitora apontou o fato dos motoristas terem que fazer também o papel de cobradores, em um acúmulo de funções: “fazem duas funções: motorista e cobrador. Se for assim, lógico que a passagem vai aumentar”.