Stalking: preso homem que perseguiu mulher por três anos após ela ter negado qualquer tipo de relação
Suspeito ia até a casa dela, aos ambientes que ela frequentava e ainda deixava várias mensagens e ligações
Samuel Leão -
Um homem, de 34 anos foi preso preventivamente após descumprir uma medida protetiva, e praticar o crime de stalking, que seria a perseguição, contra uma mulher com a qual sequer tinha relacionamento. A decisão ocorreu por meio de pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO).
O promotor responsável pelo pedido de prisão, Rômulo Teixeira, revelou que as perseguições começaram ainda em setembro de 2021, em Maurilândia, após a vítima recusar tentativas de aproximação do investigado.
Após receber a negativa, o homem não se contentou e passou a perseguí-la em todos os lugares que frequentava, realizando ligações, enviando mensagens e até indo na porta da casa dela. Por mais que ela tenha o ignorado, ele continuou seguindo ela por mais de um ano, se a deixar em paz até o início de 2023.
Portanto, a vítima registrou uma ocorrência contra ele, em janeiro daquele ano, e conseguiu chegar a um acordo de transação penal em meados de julho, ainda em 2023. Apesar da aparente resolução, no mês em que foi formalizado o acordo, o homem foi até a casa dela e jogou um tijolo no carro do namorado da mulher, que estava lá.
Além disso, chutou o farol e causou danos ao veículo. Portanto, foi registrada uma nova ocorrência, por perseguição e dano. Na sequência desse ocorrido, o suspeito teria parado de enviar mensagens, mas continuou indo até a porta da casa dela e também aos locais que ela frequentava.
Em razão dessas situações, ela requereu medidas protetivas em uma delegacia de polícia, as quais passaram a vigorar em agosto de 2024. A mulher ainda relatou que, após as medidas de proteção, ele reduziu a perseguição, mas não chegou a parar, ainda circulando pelo quarteirão dela e ficando nas esquinas próximas.
Ao MPGO, a vítima ainda contou estar sob acompanhamento psiquiátrico em razão dos fatos listados. Por tais registros, a juíza Grymã Guerreiro Caetano Bento afirmou que “dado ao aumento incontrolado de crimes envolvendo violência doméstica e familiar contra a mulher, a permanência do representado em liberdade servirá de estímulo à implementação e fomentação das práticas criminosas, dada à sensação de impunidade”, e acolheu o pedido de prisão.