Pediatra pede ajuda ao Portal 6 para divulgar informação importante sobre pequi
"Pais normalmente chegam no pronto socorro achando engraçadinho e saem chorando", contou
A pediatra Andressa Rezende Hirako, que atua em Anápolis, utilizou as redes sociais nesta quarta-feira (27) para fazer um apelo aos pais de crianças e bebês, com relação aos riscos relacionados ao pequi.
Como a profissional admitiu que o perfil que tem nas redes sociais ainda não possui um alcance robusto, pediu apoio do Portal 6 para ajudar na conscientização.
“Parece engraçado, mas não é. Vocês não têm noção do transtorno que é tirar espinho da boca de um bebê de 10 meses. Os pais normalmente chegam no pronto-socorro achando engraçadinho e saem chorando”, contou.
A pediatra destacou que, dependendo do caso, são necessárias até quatro pessoas forçando a boca da criança para abrir e muitas vezes é preciso utilizar sedativos.
Porém, segundo a profissional, a sedação não é algo simples, já que é recomendada apenas para casos graves, quando precisa de entubar ou em situações de dores extremas.
“Agora você ter de sedar uma criança, induzir ela a uma espécie de sono profundo, para tirar espinho de pequi da língua […] Olha o tanto que isso é grave […] Pode se transformar em algo muito mais grave, por conta de um pequi.
Em entrevista ao Portal 6, ela contou que apenas nas últimas semanas foram três casos do tipo que ela teve de atender, com nenéns de 10 meses, 1 e 2 anos.
“Em um dos casos, o bebê foi no lixo depois que os pais tinham jogado o pequi fora, pegou o caroço e mordeu. Criança é muito curiosa, os pais precisam tomar cuidado redobrado”, disse.
Como regra geral, ela aconselha que é mais fácil simplesmente evitar oferecer o fruto aos pequenos, mas que se ainda assim os responsáveis desejarem incluir o item na alimentação, devem seguir algumas recomendações.
“O ideal, caso queira oferecer para a criança, é raspar a parte amarela com uma colher e oferecer, mas não deixar a criança ficar brincando ou comendo direto do caroço”, finalizou.