É chocante o relato de mãe de adolescente que diz ter sido abusado por Professor Alcides
Pedido de medida protetiva desembocou em operação da Polícia Civil que prendeu o segurança do deputado
Rápidas teve acesso ao relato na íntegra da mãe do estudante, hoje com 16 anos, que diz ter sido abusado pelo deputado federal, Professor Alcides (PL), desde os 13 anos.
Na manhã da última quinta-feira (12), a Polícia Civil (PC) realizou a “Operação Peneira”, que prendeu o segurança de Alcides, um instrutor de tiros e um policial militar da Companhia de Policiamento Especializado (CPE), que utilizaram arma de fogo para coagir o menor.
A ação dos profissionais contratados pelo deputado fizeram com que a mãe pedisse medida protetiva, que desembocou na ação da PC.
O empresário se manifestou por meio de nota, dizendo ser “homossexual, não bandido”. Ele também prometeu processar todos que tentarem “manchar” a imagem dele.
Confira na íntegra o relato da mãe do menor
Comparece nesta unidade policial, na data de hoje, qual seja, 12/11/2024, a Sra genitora do menor, de 16 anos. Nesta oportunidade, a comunicante informa que o filho confidenciou a ela que foi convidado a participar de uma seleção de jogadores de futebol Sub16, em outubro de 2021, na casa do Alcides Ribeiro Filho, político da cidade de Aparecida de Goiânia. No local, situado no Condomínio Jardins Viena, na cidade de Aparecida de Goiânia.
Nesta ocasião, havia outros adolescentes e o segurança privado, Leonardo, vulgo Leno. A comunicante relata que, segundo relato do adolescente, Alcides pediu para que todos saíssem da casa e fossem para o campo de futebol, dentro do condomínio, devendo ficar na casa apenas o menor e Alcides Ribeiro Filho. Nessa ocasião, Alcides tocou no corpo do menor, descreve que tocou no pênis do menor dentro do roupa, na barriga, após um tempo, tocou no pênis do adolescente, por dentro da roupa, ainda beijou a boca do menor. [O adolescente] confidenciou à comunicante que Alcides Ribeiro Filho chamou o menor para o quarto para tentar manter relação sexual. Diante disso, o menor, filho da declarante, negou fazer sexo com Alcides Ribeiro Filho, saindo do local.
Após alguns dias desse primeiro encontro, aproximadamente duas semanas, o adolescente, retornou ao local e teve conjunção carnal com Alcides Ribeiro Filho. O adolescente revelou que penetrou o ânus do Alcides com pênis. Ressalta-se que, na época o adolescente possuía 13 anos de idade. A comunicante relata que, segundo o adolescente, o Alcides Ribeiro Filho, prometeu dinheiro, mas não recebeu a quantia prometida por Alcides.
A comunicante acrescenta que após uma semana, o adolescente retornou à casa do Alcides Ribeiro Filho, quando o adolescente manteve relação sexual, novamente, com Alcides Ribeiro Filho. O adolescente narrou para a declarante que quando ia para casa do Alcides Ribeiro Filho era trancado dentro do quarto, nas ocasiões que o Alcides recebia visitas. O adolescente acrescentou que o Alcides mantinha relação sexual com outros adolescentes que eram atraídos para aquele local com a promessa de que se tornariam jogadores de futebol. A comunicante esclarece que, de acordo com relato do adolescente, as relações sexuais ocorreram constantemente, até outubro de 2024.
A comunicante esclarece que soube da relação sexual do filho com Alcides somente no segundo turno das eleições 2024, quando Alcides Ribeiro Filho chamou a declarante até o escritório, na Vila Brasília, e pediu para a declarante emancipar o filho, para que o adolescente pudesse residir na casa do Alcides Ribeiro Filho.
Nessa ocasião, a declarante concordou com o pedido de Alcides, porque sentiu-se constrangida pela presença do segurança Leno e outras pessoas. No dia de hoje, 12/11/2024, a comunicante relata que Leno foi até a casa da comunicante para buscar o filho, a fim de levá-lo ao dentista. Nesta oportunidade, Leno recolheu os dois aparelhos de celular do [jovem], com a finalidade de apagar os vídeos e conversas registradas no WhatsApp e assim eliminar as “provas” da relação sexual entre Alcides e [o menor]. Nesta ocasião, Leno utilizando uma arma de fogo, tipo pistola, ameaçou, dizendo que mataria [o menor], caso revelasse a relação sexual à polícia.
Acrescenta que Leno colocou a arma de fogo contra a perna esquerda [do jovem], ameaçando atirar, enquanto, outro homem apontou outra arma de fogo para o pescoço [do adolescente]. Esclarece que este fato ocorreu em via pública, dentro do carro, FOX PRATA, em movimento, no setor Jardim Nova Era, por volta das 14horas.
[O menor] estava no banco de trás, enquanto Leno estava ao volante, e no banco de carona, outro indivíduo também armado. Em determinado momento, Leno parou o carro e um outro indivíduo entrou e sentou ao lado [do jovem].
Após ameaças, o indivíduo que embarcou por último, determinou que [o menor] saísse do carro, na rua da frente da residência do adolescente. Por fim, neste ato a comunicante deseja solicitar medidas protetivas de urgência em face do filho.