Dentista de Goiânia tem prisão decretada após vender tratamentos muito baratos e abandonar pacientes com dor
Vítimas ficavam sofrendo após o “sumiço” do suspeito, que cobrava uma boa entrada e pedia parcelas adicionais posteriormente
O odontólogo Eduardo Marques da Nóbrega Neto foi indiciado por estelionato qualificado, no âmbito da Operação Falso Tratamento, em Goiânia. Ele vendia tratamentos cobrando entrada e parcelas, começava a realizá-los e depois não atendia e nem ressarcia mais os clientes.
Segundo o delegado Alexandre Bruno, titular da Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (Deai), o dentista era vinculado a um plano de saúde, que repassava as emergências para ele realizar durante o expediente normal. Após realizar os procedimentos iniciais, ele convencia os clientes a realizarem outros, por valores bem abaixo do mercado, que seriam pagos diretamente a ele.
“Os pacientes eram convencidos a pagar os valores iniciais, e depois pagar também parcelas, que eram divididas em duas ou três vezes, só que esse tratamento não era prestado. Algumas vítimas procuraram a Deai, que realizou uma investigação e hoje segue o indiciamento e o pedido de prisão preventiva desse dentista”, revelou Alexandre.
As vítimas pagavam uma boa entrada e eram convencidos a acertar outras parcelas com o profissional. Entretanto, após iniciar os tratamentos, ele passava a dar desculpas para não ir até o final nos procedimentos prometidos, mudando sempre o dia marcado e protagonizando “sumiços”.
Em alguns casos, os clientes ficavam com dores e sofriam por longos períodos, sem conseguir o amparo contratado, que seria prestado pelo profissional. No total, mais de 10 pessoas teriam sido ouvidas na Operação.
Portanto, Eduardo teria feito várias vítimas, que procuraram não só a Deai mas também outras delegacias de Goiânia. Em nenhum dos casos o odontólogo realmente realizou o tratamento ou restituiu os valores.
Foi decidida a prisão preventiva do investigado, em razão do risco dele continuar aplicando os golpes e fazer mais vítimas. O caso deverá seguir sendo investigado pela PC.