PC investiga mãe suspeita de expulsar filha após ela denunciar abuso de padrasto, em Caldas Novas
Polícia recebeu denúncia após garotinha pedir abrigo na casa de vizinha, relatando que a mulher não havia acreditado nela
A Polícia Civil (PC) investiga o caso de uma mulher, de 27 anos, que teria expulsado a filha de apenas 09 anos de casa, após a garotinha relatar ter sido abusada pelo padrasto, em Caldas Novas, município a 169 km de Goiânia.
Ao Portal 6, o delegado André Barbosa, responsável pelo inquérito, explicou que a denúncia foi feita por uma vizinha na última terça-feira (24), após a pequena pedir abrigo na casa dela.
“Ela [vizinha] ligou para a Polícia Civil informando que havia acolhido a criança em sua residência, que ela estava chorando e a relatou que havia sido abusada pelo padrasto”, afirmou o investigador.
À mulher, a vítima disse que foi expulsa de casa após dizer que o padrasto teria tocado nas partes íntimas dela durante o banho.
Diante destas informações, a equipe se dirigiu até a casa encontrando três crianças pequenas sozinhas. A mãe, no entanto, só chegou após 20 minutos apresentando um comportamento bastante alterado. No momento, o namorado não estava em casa e tampouco foi encontrado na residência do pai – outra hipótese levantada.
À polícia, ela explicou que estava à procura da filha pequena que havia sido expulsa, negando que havia a despejado, assim como também negou o abuso por parte do companheiro, dizendo que a menina teria inventado toda a história. Entretanto, a versão não foi sustentada por muito tempo.
“Ela alterou a versão que tinha dado inicialmente no local do crime, dizendo que tentou ligar para a polícia, acreditando no abuso relatado pela filha, e que não teria expulsado a criança de casa, mas que ela teria saído sem a mãe ter visto”, disse o delegado.
Encaminhada à delegacia, ao ser confrontada com as inconsistências das alegações, a mulher foi presa em flagrante, sendo autuada pelos crimes de abandono incapaz e omissão imprópria, a qual gerou o suposto estupro de vulnerável. Apesar disso, após uma audiência de custódia, a mãe foi liberada e já se encontra em liberdade.
A garotinha, por sua vez, ficou sob responsabilidade da avó materna, ficando com a custódia também das outras três crianças.
Por fim, o caso foi encaminhado para a Vara da Infância e Juventude, que deve avaliar e definir oficialmente para quem vai a guarda dos menores.