Acusado de vitimar família de Anápolis em acidente é expulso do Tribunal do Júri

Juri irá decidir a pena do homem, que estava embriagado no momento da tragédia

Davi Galvão Davi Galvão -
Acusado de vitimar família de Anápolis em acidente é expulso do Tribunal do Júri
Réu foi acompanhado pelo advogado de defesa. (Foto: Davi Galvão)

Após o fim do recesso, foi retomado o Tribunal do Júri que decidirá a pena de Elivan Pereira da Silva – acusado pelo Ministério Público de ter provocado um acidente automobilístico que custou a vida de cinco pessoas, todos da mesma família, incluindo um bebê, de apenas dois anos.

Durante a sustentação oral, Elivan, que acompanhava o procedimento ao lado dos advogados de defesa, recebeu ordens para se retirar do recinto. Ele havia interrompido, por duas vezes, o promotor Eliseu Belo, que realizava a sustentação oral.

O momento aconteceu enquanto o promotor se dirigia ao júri, explicando os detalhes do acidente e insistindo na condenação do réu.

Policiais militares que estavam no tribunal ficaram de prontidão ao notarem a agressividade por parte de Elivan, mas não precisaram intervir. O advogado de defesa acompanhou o cliente até o exterior.

“Primeira vez que isso acontece […] mostrou a verdadeira face”, disse Eliseu, após o incidente.

O promotor também rebateu um dos argumentos da defesa, de que as vítimas não estavam utilizando cinto de segurança, mostrando fotos periciais que apontam o contrário.

A argumentação de ambos os lados reside na tipificação do crime. A defesa segue a tese de que o crime foi cometido na forma culposa, o que na prática não acarretaria em pena, uma vez que o fato já teria prescrito.

A Promotoria, entretanto, insiste na tese de dolo eventual, na qual se assume o risco de matar, similar ao caso do empresário Christiano Mamedio.

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