Dia Internacional da Mulher: as histórias por trás de empreendedoras goianas

Reportagem separou algumas histórias de mulheres que viram no empreendedorismo maior liberdade financeira e portas para tempo com a família

Davi Galvão Davi Galvão -
Bruna Souza (à direita) resolveu abrir o próprio negócio para passar mais tempo ao lado da filha. Sua irmã, Georgia Souza (à esquerda), esteve com ela desde o começo. (Foto: Divulgação)
Bruna Souza (à direita) resolveu abrir o próprio negócio para passar mais tempo ao lado da filha. Sua irmã, Georgia Souza (à esquerda), esteve com ela desde o começo. (Foto: Divulgação)

Segundo o Panorama do Empreendedorismo Feminino no Brasil, em 2024, cerca de 23% das brasileiras estavam à frente de um negócio, o que representa um total de mais de 24 milhões de mulheres.

Um ponto ainda mais interessante é que, de acordo com o estudo “Empreendedorismo Feminino”, do Sebrae, para 68% desse público a dura rotina na qual a dupla jornada é uma realidade constante foi o estopim para que resolvessem abrir uma empresa.

Quem hoje vê a Caramela Chocolates, localizada no Jardim Goiás Mall, em Goiânia, talvez mal possa imaginar que o empreendimento nasceu do sonho de uma mãe, que queria estar presente para acompanhar a infância da filha.

Caramela Chocolates fica localizada no Jardim Goiás Mall. (Foto: Divulgação)

Foi este o caso da chef chocolatier Bruna Souza, que deixou o cargo de servidora pública ao se tornar mãe para se dedicar a um antigo sonho: atuar na gastronomia.

Atualmente com seis colaboradores, o negócio iniciou-se apenas com Bruna, produzindo chocolates em casa e vendendo de forma autônoma. A decisão de empreender ganhou força com o incentivo da família.

“Minha família sempre me incentivou em tudo e me apoia até hoje, tanto que minha irmã começou a sonhar comigo e hoje é minha sócia. Meu esposo também teve um papel fundamental, pois quando engravidei ele me incentivou a me dedicar mais à nossa filha e isso me trouxe segurança de poder tomar a decisão de abrir mão do meu emprego no Estado e iniciar meu projeto com chocolates artísticos”, relembra.

Para Bruna, o empreendedorismo atrai muitas mulheres justamente pela força e obstinação que são inerentes no ramo.

Ganhando espaço

Além do setor gastronômico, as mulheres também avançam em outras áreas tradicionalmente dominadas por homens. No mercado imobiliário, por exemplo, um levantamento do Sistema Cofeci/Creci revelou um aumento de 34% no número de mulheres corretoras de imóveis nos últimos anos, totalizando 140 mil profissionais no país. Em Goiás, o crescimento na última década foi de 115%, e hoje elas representam cerca de 40% do setor.

A imobiliária URBS Donna, em Goiânia, reflete bem esse cenário por ser composta exclusivamente por mulheres.

Imobiliária é composta exclusivamente por mulheres. (Foto: Divulgação)

Imobiliária é composta exclusivamente por mulheres. (Foto: Divulgação)

A diretora da URBS Holding, Angelina Carvalho, explica que a agência surgiu organicamente, uma vez que muitas mulheres já integravam as equipes das imobiliárias do grupo.

“Nós entendemos que existe público que se sente mais acolhido por um atendimento feminino e nossas pesquisas apontaram para esta lacuna”, afirmou.

Com sede no Setor Bueno e focada na revenda de imóveis de médio e alto padrão, a imobiliária celebra o primeiro aniversário no dia 8 de março. A empresa conta com 15 corretoras parceiras e uma equipe de backoffice e fotografia totalmente feminina.

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