Conheça histórias de empresários de Anápolis que ‘demitiram’ clientes

Ao longo dos anos, empreendedores tiveram de lidar com situações inconvenientes, estressantes e até mesmo perigosas

Davi Galvão Davi Galvão -
Conheça histórias de empresários de Anápolis que ‘demitiram’ clientes
Centro de Anápolis. (Foto: Paulo de Tarso/Prefeitura de Anápolis)

Por muito tempo a máxima “o cliente tem sempre razão” regeu a norma de conduta entre empresas e fregueses. Atualmente, por mais que os estabelecimentos de fato valorizem a experiência e críticas da clientela, essa regra não é mais vista de forma tão absoluta, especialmente por conta da completa falta de noção de algumas pessoas.

Em Anápolis, a situação não é diferente. Ao longo dos anos, os empresários da cidade tiveram de lidar com situações cada vez mais inconvenientes, estressantes e até mesmo perigosas.

Assim, o Portal 6 separou alguns desses relatos que mostram de uma vez por todas que o cliente nem sempre tem razão e que foram “demitidos” dos estabelecimentos, não podendo retornar mais.

Um dos casos mais emblemáticos e que até virou notícia aconteceu com o empresário Julio Cesar, proprietário do Julieta Gastrobar localizado no bairro Jundiaí e terminou com a chegada da Polícia Militar (PM).

“Esse cliente chegou na hora do almoço e começou a beber muito. Dormiu na mesa, acordou e já voltou a beber. Daí, começou a realmente ficar chato, sentando na mesa de outros clientes, atrapalhando, até que a gente mandou ele embora”, contou.

Porém, o empresário contou que, após ser expulso, o homem foi até o carro e retornou com o que parecia ser um revólver, assustando funcionários e clientes do local.

Imagens mostraram clientes fugindo do local. (Foto: Reprodução)

A confusão só teve fim após a chegada da PM, que encontrou o suspeito dirigindo na contramão e sob efeito de álcool, conduzindo-o à delegacia.

Além dos problemas com a Justiça, Julio destacou que o cliente está proibido de retornar ao local, pois não será atendido.

Outro episódio que com certeza quem trabalha com atendimento ao público vai se identificar aconteceu com o empresário Aleksander Afonso, gerente do Mr. Paulo, localizado na Av. Jamel Cecílio e tem a ver com a insistência por descontos.

Sanduíche Gourmet (Foto: Reprodução/Mr. Paulo)

“Ele sempre pedia desconto, maionese extra, e a gente sempre dava. Até que certo dia, após reajuste no cardápio, quando ele pediu desconto de novo, a gente informou que o preço realmente era esse”, relembrou.

A notícia não foi bem aceita pelo consumidor, que reclamou dos preços e enfatizou que compraria em outro lugar, pois o lanche de lá “não valia a pena”.

Apesar disso, Aleksander conta que duas semanas após esse desconforto, o cliente voltou a mandar mensagens, mas, novamente, pedindo descontos.

“Nisso a gente falou que não tinha mais como, e aí ele ficou bravo mesmo. Começou a falar que o sanduíche nem era isso tudo, cobrava muito caro…”, disse.

A solução foi simplesmente desligar a ligação e, desde então, o estabelecimento não aceita mais nenhum pedido desse cliente, justamente para evitar transtornos.

Por fim, o último relato fala de uma prática relativamente comum, especialmente entre boates e casas noturnas, que em vez de simplesmente “demitir” um cliente, já montam uma lista de “pessoas não desejadas”.

A reportagem apurou que o antigo Anúbis Lounge, tinha um sistema parecido e por conta de uma razão peculiar.

Além dos tradicionais motivos para o estabelecimento barrar a entrada de clientes, como casos de brigas, confusões e similares, fontes que conheciam o funcionamento da unidade revelaram que um grande problema eram os “espertinhos” que tentavam sair sem pagar.

Como relatado, eles iam para o segundo andar, pulavam a janela do imóvel e se dirigiam para o telhado da clínica que ficava do lado, tudo para poderem ir embora sem passar pelo caixa.

Porém, como precisavam se registrar antes de entrarem, a prática resultava no banimento dos caloteiros.

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