Movimentação incompatível com declarada à Receita Federal leva PF a fechar empresa de fachada em Goiânia

Montante estimado do prejuízo das vítimas já passa dos R$ 17 milhões

Davi Galvão Davi Galvão -
Ao total, 12 armas de fogo também foram apreendidas pela PF. (Foto: Divulgação)
Ao total, 12 armas de fogo também foram apreendidas pela PF. (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (7) a Operação Insider Key, voltada para desarticular uma organização criminosa que aplicava golpes contra a Caixa Econômica Federal (CEF).

Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão — 11 em Goiânia e 1 em Corumbaíba. Durante as ações, os agentes apreenderam 12 armas de fogo registradas em nome de um dos líderes do grupo, que também atuava no ramo de soluções financeiras por meio de uma empresa de fachada.

O grupo é suspeito de envolvimento em fraudes relacionadas à desaverbação indevida de empréstimos consignados e ao chamado “Golpe da Falsa Portabilidade”.

O responsável pelo caso, delegado André Monteiro, explicou que os suspeitos se apresentavam às vítimas como representantes e funcionários de empresas ligadas a Caixa Econômica Federal, convencendo-os a realizar os empréstimos.

A Justiça Federal também determinou o sequestro de bens dos investigados, incluindo imóveis, veículos e valores em contas bancárias, como forma de reparar os danos aos cofres públicos e interromper o fluxo de lavagem de dinheiro detectado ao longo da apuração. O prejuízo estimado com as fraudes chega a R$ 17 milhões.

Dentre este montante, a PF identificou 143 clientes lesionados, sendo todos funcionários públicos, ativos, inativos, aposentados ou pensionistas.

“Esses clientes eram vítimas, movidos por uma engenharia social, eram induzidos a acreditar que realmente estavam fazendo uma portabilidade em uma instituição financeira com melhores condições”, destacou o delegado.

Durante a investigação, a PF aponta que os suspeitos movimentavam quantias incompatíveis com os rendimentos declarados à Receita Federal. Também foram identificadas aquisições de imóveis em nome de terceiros e o uso de contas de passagem e empresas fictícias para ocultação patrimonial.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de peculato eletrônico, corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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