Quais são as áreas que mais ofertam empregos em Anápolis?
Empresas tem se desdobrado, oferecendo mais benefícios e melhores jornadas de trabalho, para conseguir funcionários


Em Anápolis, setores como auxiliar de linha de produção, construção civil (pedreiro e servente), motoristas, entregadores, estoquistas, auxiliares de carga e descarga, repositores e caixas de supermercado estão no topo da lista das áreas que mais oferecem vagas de emprego.
A maioria dessas oportunidades está concentrada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), onde o ritmo de produção tem crescido para atender tanto o mercado interno quanto o externo.
Ao Portal 6, Ivan Spíndola, diretor de Trabalho, Emprego e Renda do município, há uma média de 100 a 120 vagas semanais apenas para o cargo de auxiliar de linha de produção, função que, segundo ele, não exige experiência e ainda oferece chance de crescimento.
“Hoje a própria empresa treina o pessoal na fábrica, e há oportunidade de promoção e aumento de salário”, explicou, em entrevista à reportagem.
Além disso, o setor da construção civil também segue aquecido, com mais de 60 vagas para servente de pedreiro e outras 30 para pedreiros todas as semanas.
Para Ivan, com o aumento das exportações e do consumo interno, as empresas estão produzindo mais e, por isso, contratando mais, propiciando uma baixa no nível de desemprego.
Por conta disso, a cidade entra no fenômeno do ‘emprego pleno’, quando a taxa de desemprego está baixa, com um número que pode variar entre 4,8% e 5,1% — se destacando positivamente em relação ao nível estadual, onde o percentual varia entre de 5,6% e 5,4%.
Embora esse cenário pareça positivo, ele traz um novo desafio: a falta de mão de obra qualificada. Hoje, Anápolis possui mais vagas de emprego, do que pessoas interessadas e especializadas para ocupá-las.
“Estamos vivendo uma crise de mão de obra. Temos muita gente empregada, mas hoje temos mais de 600 vagas represadas e sem pessoal para preenchê-las”, afirmou o diretor.
Por conta disso, as empresas têm procurado aperfeiçoar essas vagas, a fim de atrair esse público, que muitas vezes simplesmente está desinteressado.
Segundo Ivan, além dos salários — cuja média é de R$ 1,9 mil —, as empresas também incluem uma série de benefícios para chamar a atenção dos candidatos.
“Hoje, as empresas oferecem seguro de vida, plano odontológico, plano de saúde, alimentação na empresa e vale-refeição. Se somar tudo isso, o valor pode chegar a R$ 2,5 ml”, continuou.
Para ele, a inclusão desses atrativos funciona como uma estratégia para atrair novos funcionários, mirando também em realocar pessoas que, atualmente, estão no trabalho informal para o setor formal.
Ele também explica que não são apenas as grandes indústrias que estão carentes de funcionários, mas também pequenos negócios. Isso tem gerado outro fenômeno no mercado de trabalho: a disputa por colaboradores especializados.
“Por exemplo, uma empresa precisa contratar 15 pessoas para a linha de produção, com experiência. Mas não temos pessoas com essa experiência. Então, eles vão atrás do pessoal da farmacêutica e fazem uma proposta melhor”, disse Ivan.
Como resultado, os trabalhadores acabam se aventurando em áreas diferentes, indo além das experiências de empregos já conhecidas, o que movimenta o setor e gera aumento de renda.
Além disso, fatores como capacitação também se tornam importantes, com projetos municipais e até privados voltados para selecionar novos funcionários por meio de cursos e treinamentos.
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