Mecânico força prisão e engole drogas para tentar vendê-las dentro de presídio em Goiás

Situação foi percebida quando o suspeito dava entrada na Casa de Prisão Provisória de Formosa, no Entorno do DF

Um mecânico, de 24 anos, teve a ideia mais inusitada possível para tentar entrar com drogas na Casa de Prisão Provisória de Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Ele engoliu 110 gramas de maconha e pensou que passaria despercebido pela revista do local.

Para ter acesso à unidade prisional na noite desta quinta-feira (03) com os entorpecentes ingeridos, antes, ele praticou o roubo de um celular para se colocar na condição de ser preso. A percepção de que algo estaria errado foi no momento em que dava entrada no local.

O jovem foi flagrado pelo equipamento de escâner corporal (body scanner), utilizado pelos servidores penitenciários, com 94 cápsulas dentro do corpo. Questionado inicialmente, ele disse que era para “fazer dinheiro” no presídio.

“Durante a entrada na CPP, suspeitamos que havia algo errado. Por isso, levamos o preso ao Hospital Regional de Formosa. A tomografia computadorizada sanou nossas dúvidas. Ele passou a madrugada expelindo as cápsulas dentro da cela, separado dos demais apenados”, explicou o coordenador da 8ª Regional da Polícia Penal, Ayle Barbosa dos Reis Balbino.

Segundo a autoridade, a ideia do preso era expelir pela boca e entregar a droga aos companheiros de cela para receber uma boa quantia do lado de fora da CPP.

“Ele nos disse acreditar que, pelo delito que cometeu, conseguiria ganhar as ruas em dois ou três dias com alvará de soltura. Aí poderia receber o dinheiro, uma vez que não existe a circulação de papel-moeda dentro do sistema penitenciário goiano”, revela Ayle Balbino.

Após o flagrante, o mecânico ganhou uma nova anotação em sua ficha criminal: tráfico de entorpecentes. O preso e a substância ilícita apreendida foram encaminhados para a Polícia Civil, e, posteriormente, ele retornou à CPP.

Crime precedente

O jovem, inclusive, estaria no regime semiaberto com passagem por homicídio. Ele foi detido na cidade de Simolândia em 2023 e ficou recolhido em Formosa e Simolândia até 2024, até sair com alvará de soltura.

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