Nem Uber, nem 99: motoristas de app em Goiás estão ganhando mais dinheiro com novo negócio

Modalidade reduz drasticamente gastos com combustível e manutenção, além de zerar contato com passageiros

Davi Galvão Davi Galvão -
Motorista de app é pego de surpresa e fica sem acreditar no que aconteceu em corrida: “é cada situação” motoristas
Imagem ilustrativa de motorista de aplicativo (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasi)

Antes uma função muito procurada por quem queria complementar a renda ou até mesmo se sustentar integralmente, a profissão de motorista de aplicativo tem perdido membros para outro seguimento: entregas em grandes plataformas online.

Alto custo do combustível, manutenção do carro, desgaste com passageiros e até mesmo falta de segurança são inerentes aos tradicionais apps. Porém, estes empecilhos são completamente inexistentes ou ao menos drasticamente reduzidos quando se trata de entregadores de plataformas como Mercado Livre (ML).

Não é à toa que Luiz Claudio Cavalcante, morador de Goiânia, optou por integrar o time de entregadores do ML como forma de complementar a renda, mesmo já tendo cadastro nos tradicionais aplicativos de transporte de passageiros. Segundo ele, no final do dia, quando posto na ponta da caneta, o lucro e praticidade são bem maiores.

“Vale a pena, pois no Mercado Livre posso realizar, em uma única parada, três, quatro ou mais entregas em um mesmo endereço, especialmente quando se trata de um condomínio. E como a contagem é feita por pacote, para mim compensa”, destacou.

Recordando-se, ele mencionou um caso em que, em apenas um único local, chegou a entregar 22 pacotes de uma só vez, reduzindo muito o gasto e esforço com a logística e, consequentemente, elevando o lucro por km rodado.

Além disso, ele destacou a segurança de sair de casa já com a certeza de que receberá um valor determinado pela rota de entrega, que flutua em torno de R$ 240. Além disso, muitas vezes o trajeto é nas redondezas de onde o entregador reside.

Ao contrário dos aplicativos tradicionais, nos quais taxas de dinâmica nem sempre são repassadas aos motoristas, essa segurança financeira faz total diferença.

Sem perder a paciência

Outro ponto que pesa ainda mais em favor do ML é não ter de lidar diretamente com passageiros, considerado um dos pontos mais desgastantes por muitos motoristas.

“Outra vantagem é que não há clientes mal-educados nem pessoas insistindo em entrar no carro comendo ou bebendo”, disse Luiz.

Além disso, com passageiros, ainda há o risco de receber uma avaliação ruim por conta da insatisfação do cliente não com quem está atrás do volante, mas com a plataforma. Porém, é algo que acaba recaindo sobre o motorista que está apenas prestando o serviço.

Outra vantagem levantada foram incentivos do próprio app aos motoristas parceiros, especialmente próximo a datas comemorativas, quando a demanda é maior, momentos nos quais a remuneração também tende a subir.

Não só na capital

Outro motorista do ML, que preferiu não ser identificado, comentou em entrevista ao Portal 6 que em Anápolis a balança também tende a pesar mais para o lado da gigante de compra e vendas.

Não só pela facilidade no planejamento de rotas ou nos motivos previamente discutidos, mas também pela comodidade em poder realizar as entregas em uma cidade com um trânsito bem mais pacato que o da capital.

“A gente pega a rota, se planejar bem, dá de terminar em um período só e voltar para casa com R$ 240, ou às vezes até mais no bolso”, contou.

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