Japão está de olho em quatro cidades de Goiás que abrigam terras raras
Elementos encontrados nesses locais de mineração são essenciais para avanços tecnológicos que já estão acontecendo


“Lar” de terras raras, essenciais para avanços tecnológicos que já estão acontecendo e seguem a todo vapor, quatro cidades goianas estão na mira de investimentos do Japão.
Isso porque elas são grandes fornecedoras de minérios utilizados em motores de veículos elétricos, turbinas eólicas, na produção de celulares e discos rígidos de computadores.
Com jazidas promissoras, podem ser alvos do Japão os municípios de Cavalcante, Monte Alegre e Nova Roma, no Nordeste goiano, e Iporá, no Oeste do estado. Uma grande mineradora também opera em Minaçu.
Uma missão técnica ao território goiano, inclusive, já está marcada para acontecer, conforme anúncio do governador Ronaldo Caiado (UB) nesta quarta-feira (16).
A comitiva liderada pelo chefe da divisão de Recursos Minerais, Yamaguchi Yuzu, chega a Goiás na segunda quinzena de agosto, reunindo representantes de empresas interessadas em parcerias.
Atualmente abastecido pela China – maior fornecedora mundial dos minérios encontrados ali – o Japão vê justamente em Goiás uma alternativa estratégica para diversificar as fontes e reduzir a dependência.

Empresa planeja produzir 05 mil toneladas de óxido de terras raras por ano (Foto: Divulgação/Serra Verde)
Ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Ogushi Masaki explica que o interesse vem de várias empresas japonesas. E afirma: “o governo pretende impulsionar esses investimentos”.
A declaração acontece em meio a reuniões com o governador Ronaldo Caiado (UB), que viajou até o país em busca do estreitamento de laços e de novos contratos internacionais.
Goiás tem condições ideais para a parceria
Na capital japonesa, Caiado destacou as condições estruturais do estado que tornam viáveis os acordos tecnológicos.
“Temos água, energia limpa e precisamos de tecnologia e investimento para fazermos a separação dos metais presentes nas terras raras. Esse é o nosso maior desafio, e o Japão tem o conhecimento necessário para superar essa etapa”, explicou.

Caiado durante a viagem ao Japão. (Foto: Júnior Guimarães)
Os elementos de terras raras (ETRs) são 17 minerais críticos usados em tecnologias de ponta: além das já mencionadas, entram também na lista equipamentos militares e data centers (estruturas físicas de processamento de dados).
O Brasil é responsável pela segunda maior reserva mundial de óxidos de terras raras (OTR). Possuindo 22 milhões de toneladas lavráveis, fica atrás apenas da China. Os projetos mais avançados do país nesse setor ficam em Goiás e Minas Gerais.
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